São Luís - A arma utilizada por Jhonatan de Souza Silva para assassinar o jornalista Décio Sá foi encontrada pela polícia em uma duna na praia do Calhau, na tarde dessa quinta-feira (5).
A pistola .40 estava enterrada próxima a um arbusto no alto da duna que foi usada pelo assassino confesso do jornalista Décio Sá como rota de fuga. O crime aconteceu no dia 23 de abril deste ano.
Em depoimento, Jhonatan disse que a intenção dele era retornar ao local onde havia escondido a arma para pegá-la. No entanto, o criminoso confessou ter ficado com medo de voltar ao local.
No procedimento de reconstituição, realizado na última terça-feira (3), o executor apontou o local exato onde havia deixado a pistola. Além de Jhonatan de Souza Silva, promotores, delegados e peritos criminais participaram da busca pela pistola .40.
A arma foi encaminhada para a Superintendência de Investigações Criminais (Seic) e, posteriormente, ao Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA) para a realização do exame de balística para confirmar se a pistola é a mesma usada no crime. De acordo com o secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA), Laércio Costa, a numeração da arma está raspada.
Laudo - Segundo o diretor do Icrim, Carlos Henrique Roxo, o laudo que será elaborado após a reconstituição do assassinato do jornalista Décio Sá, realizada nessa terça-feira (3), poderá ser divulgado dentro de 10 dias. “Trata-se de um laudo muito grande e que deve ser bem detalhado dado os diferentes aspectos que compõe o momento o crime. Por isso, vai demorar um pouco para que fique pronto. Acredito que podemos conseguir que ele seja concluído em até 10 dias”, afirmou.
A reconstituição foi realizada em quatro momentos e em três locais diferente. O primeiro momento, por volta das 16h, foi em frente ao Sistema Mirante, local em que Jhonatan de Souza Silva observou a chegada do jornalista no local de trabalho. O segundo local foi em um quiosque na Ponta da Areia, onde Jhonatan bebeu uma água de coco e se encontrou com um comparsa. De lá, ele seguiu para um sítio no Araçagi, que seria uma propriedade de Bolinha. À noite, a equipe de reconstituição refez o momento em que o jornalista sai do trabalho e é seguido por Jhonatan. Por fim, eles refizeram o assassinato de Décio Sá e a fuga pelas dunas do assassino confesso.
Comportamento - O comportamento frio de Jhonatan de Souza Silva durante toda a reconstituição surpreendeu a imprensa e curiosos que acompanhavam a reconstituição. O delegado Marcos Afonso Júnior, que coordena a equipe responsável pelas investigações do assassinato do jornalista, disse que durante os depoimentos o comportamento do assassino confesso foi da mesma forma.
“Ele é muito frio é um comportamento que surpreende a todos. Faríamos uma avaliação psicológica se os inúmeros assassinatos cometidos por ele não tivesse o único intuito de obter dinheiro. O que confirma que os crimes não foram cometidos por um instinto assassino ou um desvio psicológico como acontece com os assassinos seriais”, explicou Marcos Afonso.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14446
Polícia encontra arma que pode ter sido usada para matar Décio Sá
A pistola .40 estava enterrada próximo a um arbusto no alto da duna que foi usada por Jhonatan como rota de fuga no dia do crime
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