Jonatha João Nunes é um dos acusados presos

Investigações das Polícias Civil e Militar identificaram quatro pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento do empresário Daniel Prado Smith. Para a polícia, ele foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) após oferecer carona a quatro pessoas na tarde da última quarta-feira (4) no momento em que retornava de uma loja de decoração, no Calhau.
Um dos envolvidos, identificado como Jonatha João Nunes, de 19 anos, foi apresentado na manhã dessa sexta-feira. Um adolescente, apontando como líder do grupo, foi apreendido. Contra ele já existiam sete registros de atos infracionais, sendo que somente na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) o adolescente já tem registro de três, nos quais teria envolvimento nos assaltos a um delegado de Polícia Civil, um policial rodoviário federal e um parente de um promotor de Justiça.
Durante o interrogatório, o adolescente e Jonatha detalharam todo o percurso em que permaneceram com a vítima. De acordo com o delegado André Gossain, o empresário teria sido rendido ao parar o seu veículo Corola, de placas HOZ-1888, e oferecer carona aos quatro jovens. Ao se aproximar do carro, os criminosos anunciaram o assalto.
“Entre as 16h e 19h, o grupo circulou por bairros como Araçagy, Olho D’Água, entre outros. Eles ainda levaram R$ 200, um cordão de ouro e uma aliança. Após percorrerem agências bancárias, eles decidiram levar a vítima para um matagal, no Cohafuma, onde o empresário foi morto de forma brutal”, explicou o delegado.
Gossain contou ainda que o empresário teve suas mãos e pés amarrados. “Ele foi amordaçado com a própria camisa e deitado ao solo. Daniel foi severamente espancado com golpes de madeira e chutes. Não satisfeitos, eles ainda pisaram nas costas e no pescoço da vítima”, completou.
A dupla foi detida na localidade conhecida como “boca da onça”, na Vila Conceição. No ponto, militares do Serviço de Inteligência da Polícia Militar cercaram o local e efetuaram a prisão. Uma das pessoas que estava no barraco, identificado como Givanilson Santos, conhecido como “Pato”, que seria traficante, efetuou disparos contra os policiais e foi atingido. Ele ainda foi socorrido, mas veio a óbito a caminho do hospital. A polícia ainda realiza diligências a fim de localizar os dois outros ocupantes que estavam no veículo.
Eles foram autuados por latrocínio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.