Alcione Severino do Nascimento e João Marcos Justiniano Dias são dois dos seis acusados presos

Investigação feita pela Polícia Civil de Balsas, entre os meses de julho e outubro de 2013, coordenada pelos delegados Eduardo Augusto Galvão de Carvalho (delegado regional) e Alcides Martins Nunes Neto (titular do 2º DP), desbaratou uma quadrilha que agia em Balsas desviando cargas de grãos.
Com base no inquérito policial 81/2013, do 2º DP de Balsas, 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Maranhão. A ação penal foi proposta no dia 30 de outubro, após as investigações feitas pela Polícia Civil e pela promotora de Justiça Dilma Maria de Melo Brito.
Entre os denunciados estão Alcione Juvêncio do Nascimento (empresário), João Marcos Justiniano Dias, conhecido por “Joãozinho” (agenciador de cargas); Rosineide Chaves Martins, conhecida por “Rosa”; o advogado da quadrilha, José Wilson Cardoso Diniz, além de diversos motoristas e proprietários de caminhões, entre os quais Emerson de Sousa, conhecido por “Quati”, Mário Amilton Gomes da Silva e Eleonir Lange.
Em cumprimento a mandado de prisão preventiva, decretada pela juíza Luciany Cristina de Sousa Ferreira, titular da 1ª Vara Criminal de Balsas, os indiciados Alcione Juvêncio do Nascimento, João Marcos Justiniano Dias, Rosineide Chaves Martins, Emerson de Sousa, Mário Amilton Gomes da Silva e Eleonir Lange se encontram na Unidade Prisional de Balsas, à disposição da Justiça.
Na residência de Alcione Juvêncio e Rosineide Chaves Martins, que são casados, foram apreendidos um rifle calibre 44 e munições de calibres diversos, tendo sido os acusados autuados em flagrante por posse ilegal de arma e munições. Foram apreendidos também computadores nos escritórios de pessoas da quadrilha.
Segundo o delegado Eduardo Galvão, a quadrilha desviou 30 carregamentos de grãos das empresas Cargill Agrícola S/A, Bunge Alimentos S/A, Ribeirão S/A e Transportadora Delta, causando um prejuízo a essas empresas estimado em aproximadamente R$ 1 milhão.
Os empresários Severino José das Neves e José Alberto Laroche são acusados de receptação de cargas de grãos.
De acordo com o esquema da quadrilha, as cargas, que deveriam ter sido entregues no Porto de Itaqui, em São Luís, eram desviadas pelos motoristas em diversas cidades do Nordeste. Os caminhoneiros recebiam notas fiscais falsas dos mediadores para substituir as verdadeiras, indicando que as mercadorias seriam entregues em cidades pernambucanas. Assim, era possível driblar a fiscalização nas estradas. Por outro lado, para comprovar que os carregamentos tinham sido entregues na capital maranhense, os motoristas do esquema recebiam comprovantes de entrega falsos.
As informações sobre a quadrilha, esquema, indiciamento dos acusados e prisões foram passadas a O PROGRESSO pelo delegado regional de Balsas, Eduardo Galvão.