Marcos Antonio apresentou-se ontem, quebrou o silêncio e contou sua versão sobre o caso

O delegado regional Assis Ramos apresentou, na manhã dessa terça-feira (28), o lanterneiro Marcos Antonio Silva Alves, 36 anos, acusado de ter assassinado o técnico em medição Gilmar Luna Vieira, 44 anos, fato ocorrido na última quinta-feira (23), na residência da vítima, localizada na Rua Pernambuco, 1500, Santa Rita.
Segundo Assis Ramos, o delegado Carlos Alberto Brasil, titular da Delegacia do 2º Distrito Policial, tem até dez dias para enviar o inquérito à Justiça. Ontem pela manhã, foi feita a reconstituição do crime.
Marcos Antonio Silva Alves, calado desde a sua prisão, ocorrida no início da noite da última segunda-feira (27), resolveu quebrar o silêncio e dar a sua versão para o caso. Segundo Marcos Antonio, ele estava sob pressão da vítima por conta de um serviço feito em seu veículo. “Ele não aceitou o serviço, dizendo que estava mal feito, e eu falei que, para que não houvesse problemas, faria o que ele quisesse”, disse o acusado.
Marcos Antonio disse que, diante do problema, propôs à vítima até devolver o dinheiro pelo adiantamento. “Fiz a proposta de devolver o dinheiro que havia recebido como adiantamento, mas ele não quis. Passou a me chamar de vagabundo. Chegou a me ameaçar várias vezes, dizendo que, se o serviço não fosse feito, eu ia ver com ele”, disse.
Segundo Marcos Antonio, no dia do crime, ele foi até a casa de Gilmar para conversar com ele numa boa para acabar com o problema. “Fui na casa dele e, quando cheguei lá, ele disse para eu entrar para ver a ‘cagada’ que eu tinha feito. Me chamou de vagabundo novamente, como já tinha feito várias vezes, e tentou me agredir. Nesse momento, saquei o revólver que portava e atirei nele”, disse Marcos Antonio.
O revólver, comprado - segundo Marcos Antonio - de um caminhoneiro em Marabá, ele jogou no rio Tocantins.
Por ser primário, ter moradia e trabalho fixos, Marcos Antonio pode responder ao crime em liberdade.