Adriano Colaço, Diego Romullo, o “Júnior”, e Arnaldo Reis, o Neubin, ontem na reconstituição

A Polícia Civil realizou na manhã dessa terça-feira (15) a reconstituição do crime de que foi vítima o pecuarista Braz Josias Cabrini, fato ocorrido no mês de março passado.
Segundo o delegado Fairlano Aires de Azevedo, que preside o inquérito que investigou e elucidou o crime, a reprodução simulada dos fatos (reconstituição do crime) foi proposta pelo próprio Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor titular da 6ª Vara Criminal, que cuida apenas de crimes contra a vida, Joaquim Júnior. O delegado Fairlano enfatizou que a versão fiel de como ocorreu o fato servirá para as convicções do juiz e do Ministério Público.
Durante mais de duas horas, os acusados de um dos crimes de maior repercussão em Imperatriz deram suas versões do fato e no local onde ocorreu o crime - um matagal localizado a cerca de 10 km do centro da cidade, na mesma região onde está sendo erguido o presídio de Imperatriz.
Diego Romullo Monteiro, vulgo “Júnior”; Adriano Célio da Silva Colaço e Ronaldo Batista dos Reis, vulgo “Neubin”, contaram com riqueza de detalhes, no local onde o pecuarista foi morto com mais de oito tiros, como foi executado o crime.
João Helisson Silva Damasceno, vulgo “Juju”, acusado de ser o mandante, não participou da reconstituição, uma vez que ele não foi até o local, pois no mesmo momento estava levando a caminhonete F-1000 do empresário para o local onde ela foi encontrada, ou seja, em um matagal na estrada que liga Davinópolis ao povoado Água Viva, naquele município.
Na reconstituição, um policial civil foi colocado como personagem do pecuarista Braz Josias Cabrini. O trabalho foi feito com todos os detalhes, inclusive com os disparos que foram feitos contra o pecuarista, primeiramente através de Adriano Colaço e, em seguida, por Diego Romullo. Dos acusados que participaram da reconstituição do crime, apenas Ronaldo Batista dos Reis, o “Neubin”, não efetuou disparos contra Cabrini. Ele ficou próximo ao Gol vermelho usado para levar o pecuarista para o local do crime. Para o cheiro do queijo, como se diz na gíria policial.
Braz Josias Cabrini desapareceu no dia 19 de março e o corpo foi encontrado cinco dias depois, já em putrefação. A morte de Cabrini foi encomendada pelo fazendeiro João Helisson, que devia ao pecuarista R$ 200 mil, dívida de compra de gado.
Participaram da reconstituição, além do delegado Fairlano Aires de Azevedo, os delegados Assis Ramos e Arthur Bardhal, agentes civis e peritos do Instituto de Criminalística.