Linderson foi o único alvo preso na operação

Uma operação desencadeada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), por conta do Departamento de Defesa de Serviços de Delegados (DDSD), realizou, nessa quinta-feira (13), ações de monitoramento que culminaram no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão e um de prisão. Os mandados foram expedidos pelo juízo criminal da comarca de São José de Ribamar. A operação, denominada “Dourado”, se estendeu a 25 municípios do Maranhão e na região metropolita de São Luís, visando combate ao furto e receptação de equipamentos de internet.

A Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da Seic, em ações pelo Departamento de Defesa de Serviços de Delegados (DDSD), realizou a operação “Dourado”, dando cumprimento a 27 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em desfavor do acusado Linderson Dourado Alves, considerado o cabeça do esquema criminoso. De acordo com o delegado Paulo Roberto, “a operação é resultado de cerca de 1 ano e 4 meses de investigações e mais de 800 horas de interceptações telefônicas, com o objetivo de apurar reiterados furtos e receptações de equipamentos das concessionárias de internet, os quais serviam para montagem de sites em subestações clandestinas, camufladas por empresas de fachadas, que distribuíam sinais de internet para clientes incautos, dentre eles comércios, indústrias e prefeituras. A operação envolveu 27 delegados de polícia, 70 investigadores, escrivães de polícia, peritos criminais e técnicos em telecom”.
O delegado Paulo Roberto da DDSD ponderou ainda que os alvos eram sites instalados em subestações clandestinas, montados com equipamentos furtados e/ou receptados da operadora Oi, Claro e outras. Foram apreendidos com os suspeitos equipamentos do tipo placas dslam huawei, (R$ 10.000), armários (suítes), molden, cabos de fibra óptica, gbics (R$ 15 a R$ 30 mil), roteadores voip, placa voip, antenas, bateria de gel estacionária, etc. As ordens judiciais foram cumpridas em vários municípios, dentre eles São Luís, São José de Ribamar, e vários outros das regiões do Médio Mearim e da baixada maranhense.
Também foram cumpridas ordens de busca e apreensão na sede da concessionária Oi e nas casas de funcionários. De acordo ainda com o delegado Paulo Roberto, a simples instalação dos equipamentos furtados e instalados nos sites clandestinos não é possível a distribuição do sinal de internet, para isso é necessário o acesso ao link através de senhas randômicas, que só podem ser fornecidas por operadores da própria concessionária, no caso a Oi, e todos esses funcionários foram identificados.
Tais práticas criminosas resultam em grandes prejuízos à concessionária Oi e ao Estado, que deixa de recolher os impostos devidos em razão da clandestinidade. O final da operação resultou na apreensão de cerca de três milhões em equipamentos recuperados, 12 conduzidos coercitivamente, 04 prisões em flagrante delito e ainda o cumprimento de um mandado de prisão.
Os demais envolvidos e presos em sua maioria são funcionários da Oi, os quais colaboraram com o esquema criminoso. Todos serão indiciados e a princípio responderão em liberdade. Foram presos ainda outros dois envolvidos, identificados preliminarmente por “Frankiley e Winderson”.