A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na manhã desta sexta-feira (13), através da “Operação Cobiça”, Alex Cardoso dos Santos, sua ex-esposa, Andressa Carvalho Dias, e Hidelbrando Alves Lima Torres. Eles são suspeitos de ter assassinado o empresário Edvalto Antonio Rodrigues, de Anápolis (GO). O empresário foi assassinado e teve o corpo queimado dia 16 de julho de 2019, no município de Buriticupu, a 220 km de Imperatriz.
Edvalto era sócio de Alex em um negócio que consistia no fornecimento de sementes, adubos e defensivos agrícolas a agricultores que trabalham com soja, em Buriticupu. Alex, que fazia manutenção em máquinas agrícolas e conhece os agricultores da região, intermediava a venda dos produtos comercializados por Edvaldo, que costumava entregar os produtos e também receber os pagamentos, normalmente valores elevados.
No dia 13 de julho de 2019, Edvalto foi de Anápolis para Buriticupu receber pagamentos no valor total de R$ 600 mil referentes a produtos vendidos e uma caminhonete, que também fazia parte do pagamento. Edvalto recebeu a caminhonete, se hospedou em um hotel em Buriticupu e, na terça-feira, 16 de julho, foi até a casa de Alex para consertar algumas peças quebradas da caminhonete. Feito o conserto, no final da tarde o empresário desapareceu, deixou de fazer contato com a família.
Segundo as investigações, no mesmo dia 16 de julho, por volta das 19h, ele foi morto. Em depoimento, moradores da localidade onde o corpo de Edvalto foi encontrado carbonizado informaram que teriam ouvido disparos.
Interrogados, Alex e o seu funcionário Hidelbrando Alves Lima Torres disseram ter deixado a vítima em um restaurante da cidade, no entanto, as imagens das imediações do restaurante não mostram Alex deixando a vítima ou sequer indo ao local no dia e hora citados.
De acordo com a investigação, os pertences de Edvalto foram recolhidos por uma pessoa que tinha a chave do quarto usado por ele e que disse ser seu funcionário, pessoa essa ainda não identificada, mas que, segundo imagens de câmeras da região, entrou no carro de Alex após sair do hotel.
A Polícia Civil pediu a busca e apreensão dos telefones e do carro de Alex e constatou, ao usar o reagente “luminol”, a presença de sangue no interior do veículo.
De acordo com as conversas mantidas por Alex com um advogado, foi determinado que ele entrasse em contato com Antônio Batista Figueiredo Filho, que está preso por assalto, para garantir que ele não contasse à polícia sobre o assassinato de Edvalto.
Ainda de acordo com as investigações, Andressa Carvalho Dias, ex-esposa de Alex, efetuou transferências bancárias para Felipe, fez pagamento de advogados e o dinheiro que deveria ter sido recebido pela vítima estava sendo movimentado por ela. Além disso, a caminhonete que seria recebida por Edvalto como parte do pagamento, ter tido o recibo de transferência preenchido no nome de Andressa. Por fim, Andressa também tratou com advogados sobre a interpelação do quarto envolvido, Antônio Batista Figueiredo Filho, que conforme citado antes, está na prisão por assalto.
Foram pedidas as prisões de Alex Cardoso dos Santos e de Andressa Carvalho Dias, que já foram decretadas e cumpridas. As investigações continuam e, em 30 dias, o inquérito deve ser concluído e encaminhado ao Judiciário.
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