Bruno Hurlley morreu no dia seguinte no Socorrão

Na noite da última terça-feira (25), o jovem Bruno Hurlley Silva, de 20 anos, foi alvejado com três tiros quando se encontrava na porta de uma residência na Vila Fiquene, periferia de Imperatriz. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão. Bruno foi submetido a uma cirurgia de urgência e informaram que ele estava fora de risco de morte. Entretanto, por volta das 16 horas de quarta-feira, o quadro piorou e Bruno Hurlley acabou morrendo.

A morte dele, entretanto, não constou nas estatísticas da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa - DHPP, tendo em vista que o corpo foi liberado pelo Socorrão diretamente para a família, fato que, em casos de homicídios, não pode ser feito.
Nessa sexta-feira (28), o delegado Eduardo Galvão, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil em Imperatriz, informou a O PROGRESSO que será aberto um inquérito para apurar responsabilidades, já que o corpo de Bruno Hurlley, antes de ser entregue aos familiares, deveria ter passado pelo Instituto Médico Legal, onde seria necropsiado.
O Delegado Galvão informou ainda que, se não tiverem sido recolhidos os projéteis do corpo de Bruno Hurlley Silva, será solicitada à Justiça a exumação do cadáver dele. “Os projéteis servem como peça de inquérito e para que o crime seja investigado, a polícia precisa dessas peças”, disse o delegado.
A reportagem manteve contato com o secretário de Saúde, Alair Firmiano, que inclusive foi diretor do Instituto Médico Legal (IML), e este informou que apuraria o que realmente aconteceu e confirmou que isso não pode ocorrer.
O corpo de Bruno Hurlley foi sepultado na manhã dessa quinta-feira, no cemitério do Parque Alvorada.