Depois de exatos 30 dias do desaparecimento de Maria Suane de Moraes, 32 anos, a Polícia Civil conseguiu elucidar o caso. No dia 29 de agosto, a vítima foi vista pela última vez em companhia de Armando Rodrigues Neto, 21 anos, em um bar localizado na zona urbana de São João do Paraíso. Desde então, nenhum dos dois foi visto mais.
A Polícia Civil de Porto Franco foi acionada e passou a investigar o caso, passando a suspeitar que Maria Suane poderia ter sido morta por Armando.
No decorrer das investigações, Armando teve a sua prisão temporária decretada e as equipes de capturas das delegacias de Porto Franco e Estreito passaram a intensificar as buscas ao acusado. Várias fotos foram espalhadas em Porto Franco e cidades vizinhas, inclusive em Tocantins. Na tarde dessa quinta-feira (29), justamente depois de 30 dias do desaparecimento de Maria Suane, Armando Neves se apresentou na Delegacia de Porto Franco, sendo imediatamente recambiado para Estreito, onde foi entregue ao delegado Eduardo Galvão, a quem confessou o crime em depoimento.
Armando confessou que realmente havia matado Maria Suane com dois tiros, um nas costas e outro na cabeça, e sepultado o corpo em uma cova rasa em uma fazenda nos arredores de Porto Franco.
O corpo de Maria Suane foi retirado da cova na manhã de ontem por peritos do Instituto de Criminalística (ICRIM) de Imperatriz. Para o local, foram também o delegado Josenildo José Ferreira, da regional de Imperatriz, e o chefe do Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, Alair Batista Firmiano, juntamente com os delegados Eduardo Galvão e Antonio Luis Gomes Pereira, da Delegacia de Estreito, onde acompanharam a exumação do corpo de Maria Suane. Os restos mortais da jovem foram levados para o IML de Imperatriz.
Armando Neves disse que matou Maria Suane porque ela teria avançado contra ele com um cadarço com a finalidade de enforcá-lo. Os dois tinham bebido durante todo o dia e estavam embriagados. A polícia, naturalmente, não acreditou na versão de Armando e acha que ele tentou estuprar Maria Suane, que reagiu e ele a matou a tiros desferidos com o revólver calibre 32.
O próprio Armando foi quem indicou o local onde ele havia enterrado o corpo de Maria Suane. O delegado Eduardo Galvão vai solicitar da Justiça a transformação de prisão temporária em preventiva.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14217
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