Delegacia Regional de Imperatriz voltou a ser presídio

Policiais civis e agentes penitenciários de plantão no início da madrugada dessa sexta-feira (31) evitaram mais uma fuga na Delegacia Regional. Desta feita, a movimentação foi detectada na cela um e os detentos foram flagrados abrindo um buraco na parede que lhes daria a saída para os fundos e a rua.
Após ser detectado o plano de fuga, os detentos da cela um foram distribuídos nas outras celas e uma revista minuciosa foi feita.
Os policiais apreenderam uma serra, um pedaço de pau e uma barra de ferro que já havia sido retirado da parede onde estava sendo aberto o buraco para a fuga.
O delegado do Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL) em Imperatriz, escrivão José Antonio Pinheiro, estava de plantão e participou da ação policial que evitou a fuga.
Pinheiro, em entrevista a O PROGRESSO, protestou contra o que ele chama de descaso das autoridades no que se refere a presos de justiça e até cumprindo pena na Delegacia Regional.
“É um absurdo o que está acontecendo na Delegacia Regional de Imperatriz, que continua fazendo a vez de presídio. As autoridades precisam tomar providências antes que um problema mais grave ocorra”, disse Pinheiro.
Os policiais civis de plantão na Delegacia Regional estão fazendo um trabalho que não é deles e, pior ainda, não foram preparados para tal finalidade.
Atualmente, a população carcerária da Delegacia Regional de Imperatriz é de 41 detentos e, por isso, voltou a ser presídio. Para todos esses detentos, apenas um monitor, nenhum agente penitenciário, estava trabalhando ontem. Realmente um grande absurdo, que precisa ser revisto pelo secretário da Justiça e da Administração Penitenciária (SEJAP) e resolvido o mais urgente possível.0
Essa foi a segunda tentativa de fuga de presos na Delegacia Regional esta semana, ambas frustradas. A primeira aconteceu na madrugada de segunda-feira (27), cuja movimentação foi na cela três. Nessa tentativa de fuga, ao verem frustradas suas intenções, os presos se amotinaram, colocaram fogo em colchões e, para que tudo se acalmasse, foi preciso acionar a tropa de choque da Polícia Militar, que entrou no “presídio” e atirou gás lacrimogênio.