A Polícia Civil do Maranhão, através da Superintendência de Polícia Civil do Interior, com apoio da Superintendência de Polícia Civil da Capital, realizou, juntamente com Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (11), a Operação QUEÓPS, com a finalidade de desbaratar quadrilha envolvida em crimes de estelionato, contra a ordem econômica e das relações de consumo e lavagem de dinheiro.
A ação tem como objetivo o cumprimento de seis mandados de prisão temporária e 36 de busca apreensão no Rio de Janeiro, Maranhão, Brasília e São Paulo, originado da investigação realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e, nesta fase, conta com a participação da Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) e da Polícia Civil do Distrito Federal, pela sua Coordenadoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado e da Polícia Civil de São Paulo. Dos 36 mandados de prisão da Operação, 14 estão sendo cumpridos no interior estado do Maranhão.
Também estão sendo sequestrados bens e contas bancárias – físicas e jurídicas – no valor aproximado de R$ 50 milhões que pertencem a membros da quadrilha ou pessoas ligadas a eles.
A investigação apura o envolvimento dos empresários Roniel Cardoso dos Santos, conhecido como “Rony Cardoso”, Gabriel Almeida Piquet de Oliveira, Luciene Assunção Silva e Luana Cardoso dos Santos, Antônio Bruno Cardoso dos Santos vulgo “Peteca”, Laylson Santos dos Santos e outros sete acusados de estelionato e lavagem de dinheiro.
O crime consistia em captar servidores públicos e outras vítimas para que estes fizessem empréstimos consignados e aplicassem o valor em investimentos fictícios, em empresas criadas pelo grupo que prometiam rendimentos vultosos, totalmente incompatíveis com a realidade do mercado de aplicações financeiras, onde eles diziam investir os valores.
A quadrilha pagava às vítimas pequenos lucros do suposto investimento, apenas nos primeiros meses após captar o investimento, mas depois os lesava, não devolvendo o montante aplicado. Para atrair clientes, o grupo exibia suas empresas em redes sociais, bem como uma vida luxuosa, com viagens e bens de alto valor, para manter e atrair mais investidores que se tornariam vítimas, passando a falsa ideia de que essas pessoas estavam investindo em um negócio rentável.
Segundo as investigações, o grupo planejava se fortalecer politicamente no Maranhão, onde tinha ramificações, com o lançamento de candidatos a cargos eletivos, nas eleições municipais de 2020, com a finalidade de se beneficiar financeiramente e dar mais respaldo e imunidade à quadrilha, explica o Superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Guilherme Campelo.
Publicado em Polícia na Edição Nº 16485
Polícia Civil deflagra ‘Operação Queóps’ contra quadrilha que aplicava golpes no Maranhão
Os investimentos eram fictícios em fraude na ordem de 50 milhões de reais
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