Delegado regional Eduardo Galvão está buscando alternativas para barrar a violência urbana em Imperatriz

Até o início da noite dessa quarta-feira (4), 66 homicídios tinham sido registrados em Imperatriz. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 100%, o que vem preocupando as autoridades da área policial e judiciária.

De acordo com levantamentos feitos por O PROGRESSO, cerca de 90% dos assassinatos em Imperatriz foram praticados com o uso de arma de fogo, vários com armas de grosso calibre.
Em conversa com o delegado regional de Polícia Civil de Imperatriz, Eduardo Galvão, ele disse que em decorrência do crescente número de assassinatos na segunda maior cidade do Maranhão, a maioria com o uso de arma de fogo, um grupo especializado nas investigações está sendo montado para combater esses crimes.
“Criamos uma força-tarefa de abordagens dentro da cidade, porque a grande maioria dessas mortes é por arma de fogo. Se tivermos um efetivo que nos autorize a implantar barreiras locais, a gente consegue retirar várias armas de fogo de circulação e assim evitar outros homicídios”, garantiu.
No mês de abril, foram registrados 17 assassinatos em Imperatriz. Em maio, já foram registrados, até o início da noite de ontem, dois assassinatos.
O delegado Praxisteles Martins, da equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Vida, informou que todos estão sendo investigados, mas até o momento ninguém foi preso.
“Estamos investigando todos os casos. Já temos alguns elucidados, prisões preventivas dos acusados decretadas, mas não foram presos, porque empreenderam fuga da cidade”, disse o delegado Praxisteles.
Segundo o delegado, no caso do assalto ao comércio da Avenida Newton Bello, ocorrido já em maio, em que os proprietários foram feridos a tiros e facadas, a polícia já tem um suspeito. Inclusive, ele está ferido, tendo em vista que o comerciante Raimundo o golpeou com um facão. Segundo o delegado Praxisteles, o acusado, conhecido por “Nego Alex”, que tem 18 anos, estaria entocado ou fugiu para procurar um hospital em outra cidade. “Estamos realizando buscas, mas até o momento ainda não o encontramos”, disse. O comparsa de “Nego Alex” também já foi identificado.