Tênis e relógios apreendidos na casa da enfermeira Célia Ribeiro, ex-mulher de Pedro Ventura

Com dois dos três suspeitos de envolvimento presos temporariamente por 30 dias, a Polícia Civil está dando prosseguimento nas investigações que apuram o desaparecimento do microempresário Pedro Ventura, que sumiu em condições misteriosas há cerca de 24 dias.

Na busca e apreensão na residência da ex-mulher da vítima, a enfermeira Célia Ribeiro Teotônio, os policiais apreenderam relógios e um único tênis do par que Pedro Ventura usava quando entrou e não foi visto saindo da casa um dia depois de ter assinado o divórcio com a acusada. Foram apreendidos também o cinto da vítima e outros objetos. Ainda foi apreendido na residência da enfermeira o documento de uma casa que se encontrava com Pedro Ventura. Segundo informações da polícia, esse documento estava com a vítima como garantia de um empréstimo que ele tinha feito ao irmão de Célia Ribeiro, Laércio Ribeiro, que também tem mandado de prisão temporária de 30 dias e está foragido. Tudo isso pode incriminar Célia Ribeiro, segundo o delegado Carlos César Andrade, da equipe de policiais que investiga o caso.
Ontem, uma equipe da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) chegou da capital para auxiliar nas investigações.
À tarde, os policiais foram até a casa de Célia Ribeiro, onde foram feitas novas busca e apreensão e perícias. Os peritos verificaram se no local havia manchas de sangue. O resultado da perícia e da busca e apreensão não foi passado à imprensa.
Os veículos da vítima e do cirurgião dentista Leonardo Mendes, ambas caminhonetes Volkswagen, modelo Amarok TDI-4 Motion, foram apreendidos e serão submetidos a perícias.
Na quebra de sigilo telefônico de Célia Ribeiro e de Leonardo Mendes, foram encontrados diálogos entre os dois, assim como de Leonardo com a vítima Pedro Ventura.
Até o fechamento dessa edição, a polícia ainda não tinha pista que pudesse chegar a Pedro Ventura ou ao corpo dele, já que a própria família acha que ele não estaria mais vivo.
A enfermeira Célia Ribeiro está cumprindo a prisão temporária de 30 dias na ala feminina da Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), antiga CCPJ, enquanto o odontólogo Leonardo Mendes se encontra isolado em uma cela na Delegacia Regional. Mas ele pode ser transferido para o Quartel do 3º BPM.