Irmãs Kamila e Karina Brito foram alvos dos policiais

Alguns dos policiais envolvidos na operação na cidade de Balsas, que resultou na morte da jovem Karina Brito Ferreira, de 23 anos, estão de volta à atividade, mas exercendo funções administrativas. A informação foi repassada pelo tenente coronel Juarez Medeiros, comandante do 4º Batalhão de Polícia (4º BPM).

Enquanto se estender o inquérito, os policiais ficarão afastados temporariamente das operações de rua, mas exercerão funções administrativas dentro do quartel.
Ao todo, cerca de 26 policiais estavam envolvidos na operação de busca dos assaltantes da agência bancária de Fortaleza dos Nogueiras e que resultou na morte de Karina Brito, na madrugada do dia 15. Entre eles estavam policias militares e civis, mas o tenente-coronel Medeiros se referiu apenas aos policiais do seu batalhão que estão exercendo as atividades administrativas dentro do quartel.
Ele disse também que os policiais que participaram da operação não devem ser tratados como bandidos. “Foi um acidente o que aconteceu. O carro foi confundido. Não podemos de forma alguma tratar os policiais como se fossem bandidos”, disse o comandante.

Missa – Nessa quarta-feira aconteceu a missa de sétimo dia de Karina Brito. Familiares e amigos ainda estão bastante indignados com a situação. Na terça-feira (20), Kamila Brito, irmã da vítima, prestou depoimento na delegacia da cidade de Balsas.
No dia 15, Kamila e Karina Brito estavam indo de um velório para casa quando foram confundidas com criminosos e então iniciou-se a perseguição policial. Kamila foi atingida no braço, enquanto a sua irmã, Karina, morreu baleada dentro do automóvel.
A versão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) é a de que as duas teriam furado uma barreira policial feita por viaturas caracterizadas e por isso foram perseguidas. Já Kamila Brito afirma que em nenhum momento furou essa barreira e, durante todo o tempo, foi perseguida por carros sem qualquer tipo de identificação da polícia.