Soldado Jean Claude Apinajé Reis é o suspeito do crime

O policial militar Jean Claude dos Reis Apinajé, o soldado Reis, lotado no 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM) e suspeito de assassinar a tiros o repórter cinematográfico José Ribamar Carvalho Filho, será ouvido em audiência de instrução nesta segunda-feira (14). A audiência acontecerá na sala de audiências da 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, no Fórum Henrique de La Rocque, com início previsto para as 8h30.

Segundo o juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto, titular da Vara da Família, que está respondendo pela 1ª Vara Criminal e que vai presidir a audiência, foram arrolados pela defesa e acusação 29 testemunhas. De acordo com o magistrado, o procedimento regular inicialmente ouve-se as testemunhas de acusação, em seguida as da defesa e por derradeiro interroga-se o acusado. A tese da defesa é de negativa de autoria do suspeito do crime. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o policial militar Jean Claude Apinajé Reis, o soldado Reis, matou o cinegrafista Reis por motivo fútil e sem dar-lhe o direito de se defender. Portanto, crime triplamente qualificado.
O juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto disse que existe a possibilidade de o processo ser até arquivado. Isso caso seja provado que o soldado Apinajé não foi o autor do crime, por falta de autoria. Caso contrário, o soldado será submetido a júri popular.
Houve, durante a semana, indícios de que o advogado de defesa do policial pedisse o adiamento dessa audiência, mas segundo o magistrado Adolfo Pires da Fonseca Neto, até essa sexta-feira (11), isso não tinha ocorrido. Sendo assim, a audiência está marcada para segunda-feira e vai ser realizada. Depois, dando prosseguimento ao processo, virão as alegações finais, caso não haja nenhum impedimento, e logo após o pronunciamento a júri do acusado.
O soldado Reis está respondendo ao processo em liberdade e voltou às suas atividades no 3º BPM, só que ele está realizando trabalho interno no quartel e cumprindo determinações da Justiça.
A determinação da soltura do policial partiu da juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, que na ocasião estava respondendo pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz. O policial tem de cumprir todas as determinações da Justiça, como não se ausentar da cidade, não frequentar bares e similares e recolher-se a partir das 18 horas.

O caso

O cinegrafista José Ribamar Carvalho, na ocasião com 48 anos, foi assassinado com vários tiros de pistola ponto 40, no dia 29 de novembro de 2014. Ele foi alvejado quando se encontrava em um bar localizado na Rua Monte Castelo, no centro, em companhia dos dois filhos menores.
O soldado Reis, suspeito do crime, ainda efetuou vários disparos no portão da casa dos pais da vítima. Carvalho chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão, onde morreu.