Maria Célia morreu ao dar entrada no Socorrão

Uma tragédia aconteceu com um casal de Imperatriz que trafegava em uma motocicleta pela TO-201, fato ocorrido no início da madrugada dessa sexta-feira (3).
O casal, o servente de pedreiro José Luís Coimbra da Silva, 48 anos, e a vendedora Maria Célia da Silva, 42 anos, saiu do Habitar Brasil, localizado na área do Grande Conjunto Vitória, com destino ao povoado “Grota do Meio”, no município de São Miguel do Tocantins, onde residem familiares.
Ao passar pela barreira da Polícia Militar localizada do lado maranhense, que fica próximo à cabeceira da ponte Dom Felippe Gregory, José Luís não obedeceu ordem de parada e passou direto. Os policiais maranhenses entraram em contato com os militares do posto policial da Bela Vista, os quais montaram uma barreira colocando viaturas no meio da rodovia TO-201. Novamente José Luís não obedeceu à ordem de parada, passando por fora da rodovia, onde estava a barreira. Nesse momento, houve um disparo, que atingiu Maria da Silva, transfixando e atingindo também José Luís.
Os dois foram socorridos e levados para o Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão, pelos próprios militares tocantinenses. Maria Célia não resistiu às lesões e faleceu logo depois de ter dado entrada no Socorrão. José Luís Coimbra ainda se encontra internado e corre o risco de ficar paraplégico, haja vista que o projétil atingiu a coluna cervical.
O comandante do 3º Batalhão da PM, em Imperatriz, tenente-coronel Edeilson Carvalho, confirmou a ocorrência, mas disse que não teve envolvimento de policiais militares maranhenses. “Os policiais militares do Maranhão não tiveram participação, apenas tentaram parar o veículo em uma de nossas barreiras. Como o condutor não obedeceu à ordem de parada, passou por cima de dois quebra-molas, inclusive colocando em risco a vida dos policiais, o pessoal do Tocantins foi avisado e o fato chegou a esse fim trágico”, lamentou o comandante.
Segundo informações, a motocicleta estaria com documentação atrasada e, por esse motivo, o servente José Luís Coimbra não teria parado.
O caso vai ser investigado pela Polícia Civil de São Miguel de Tocantins.
O corpo de Maria Célia, que foi velado na residência do casal, localizada na Rua Leste Oeste, Habitar Brasil, seria sepultado no fim da tarde de ontem. Ela deixou sete filhos e a família, muito revoltada pelo ocorreu, quer que tudo seja esclarecido, mesmo porque, segundo eles, o casal teria sido confundido com traficantes de droga.