A Polícia Federal (PF) desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudar benefícios de seguro-desemprego. A suspeita é de que o prejuízo causado à União supere R$ 10 milhões. A operação é denominada Xeque Duplo e durante a ação a polícia prendeu onze pessoas no Tocantins, cinco em Goiás e quatro no Maranhão. Um dos suspeitos do crime no Tocantins já cumpria pena na Casa de Prisão Provisória de Palmas. A polícia acredita que ele agia de dentro da unidade. No Maranhão, as prisões ocorreram na cidade de Açailândia, distante 72 km de Imperatriz.
Segundo informações da PF, indícios colhidos no inquérito policial demonstram que os criminosos tinham acesso ao sistema do Ministério do Trabalho e Emprego. Eles faziam o requerimento do benefício usando dados de PIS de trabalhadores reais e fictícios. Para realizar a fraude, os membros da organização criavam perfis de desempregados por meio de dados falsos referentes a empresas laranjas.
Os crimes cometidos pelos suspeitos, de acordo com a PF, são de organização criminosa, estelionato, falsificação de documento, uso de documento falso, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas e lavagem de dinheiro.
A PF informou ainda que, além da operação Xeque Duplo, foi realizada outra, a Duas Caras. Esta se refere a fraude praticada por dois integrantes da mesma organização criminosa. Eles agiam com a participação de terceiros e tentavam enganar a própria Justiça. Criavam um processo em que contestavam um saque do seguro-desemprego. Depois, os dois suspeitos ingressavam com ação por danos morais na Justiça Federal contra a Caixa Econômica Federal. As investigações, foram centralizadas pela PF de Palmas, mas em Açailândia o cumprimento das prisões e buscas foi feito por policiais da Delegacia da PF de Imperatriz.
Como sempre acontece, a Polícia Federal não informou os nomes das pessoas presas.
Publicado em Polícia na Edição Nº 15289
PF prende quatro pessoas no Maranhão acusadas de fraudar benefícios de seguro-desemprego
O prejuízo causado à União pode superar R$ 10 milhões
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