As quatro funcionárias do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) que ainda eram mantidas reféns por índios da etnia Guajajara da aldeia Maçaranduba, no município de Bom Jardim, foram libertadas na tarde de terça-feira (14). Elas estavam sob poder dos índios desde sexta-feira, 10. A libertação foi confirmada pela Polícia Federal, que negociou a liberação das reféns. Elas foram para a aldeia realizar uma palestra sobre saúde, pois são servidoras do Distrito Sanitário Especial Indígena. Os índios protestavam contra a precariedade nos serviços de saúde oferecidos pelo órgão que dizem ser para o bem estar dos índios. O cacique também protestou contra a situação da enfermaria que funciona de maneira improvisada em uma casa, e não há medicamentos suficientes para atender à tribo. A aldeia possui um posto de saúde que tem orçamento avaliado em R$ 500 mil e se encontra em fase de acabamento. Segundo o presidente da Coordenação das Organizações dos Povos Indígenas (Coopima), no Maranhão existem mais de 25 mil índios, organizados em pequenos povoados e que sofrem com a falta de saúde. Dois homens que estavam na aldeia já haviam sido liberados na segunda-feira, 13. Eles pertencem ao quadro de funcionários de uma empresa que presta serviços dentro da aldeia.
Publicado em Polícia na Edição Nº 15283
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