Duas pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal que investiga crimes contra a Previdência no Maranhão. A ação foi batizada de ‘Duo Fratres’, que vem do latim e significa ‘dois irmãos’, em alusão ao grau de parentesco dos ditos pela PF como líderes do esquema criminoso responsável por um prejuízo na ordem de R$ 1,15 milhão. As duas prisões e o cumprimento ainda de três mandados de busca e apreensão foram realizados na manhã dessa terça-feira (13), em Teresina (PI).
O levantamento da Polícia Federal começou em 2015 e identificou um esquema que fraudava documentos para saques de benefícios previdenciários e de assistências fossem feitos em nomes de pessoas mortas. Por isso, os policiais acreditam que evitaram um rombo total de R$ 5,7 milhões.
Os investigadores identificaram 300 benefícios previdenciários e 40 documentos falsos com os dois investigados, que não tiveram os nomes revelados. Depois de serem presos em outras oportunidades no interior do Maranhão, eles foram para Teresina e estavam usando outras identidades. Os possíveis crimes praticados são estelionato previdenciário, uso de documento falso, falsidade material e ideológica, lavagem de capitais e associação criminosa.
A polícia informou que foi determinada a apreensão de valores e bens, “incluindo veículos e propriedades dos investigados, além de mais de 100 benefícios e a convocação de 200 titulares para a realização de auditoria”.
A investigação comprovou também que o patrimônio deles não é compatível com a renda declarada. Só de veículos, eles ostentam R$ 500 mil.
Os irmãos que lideram o esquema foram alvos de uma operação em fevereiro de 2016, quando a própria PF cumpriu mandados de busca e apreensão em uma residência deles na cidade de Trizidela do Vale, distante 229 km de São Luís. Na oportunidade, a polícia revelou que “foram encontrados diversos documentos relacionados a fraudes previdenciárias”.
A dupla, que não teve os nomes revelados pela PF, já foi presa outras três vezes em Bacabal por crimes da mesma natureza e também clonagem de cartões. Mesmo assim, ganharam o benefício de responderem em liberdade à Justiça do Maranhão a estes crimes.
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