A Polícia Federal deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (22), a Operação Atalaia, que apura crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes pela internet. No Maranhão, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Zé Doca e outro em São Luís. Duas pessoas foram presas em flagrante. Como sempre acontece, os nomes das pessoas presas não foram informados pela Polícia Federal.
De acordo com a polícia, durante as buscas foram encontrados materiais pornográficos armazenados em HDs, pendrives, cartões de memória e nos celulares dos criminosos.
Os crimes que estão sendo investigados são em relação ao armazenamento e na divulgação internacional, pela internet, de imagens e vídeos pornográficos infantis. As penas para quem comete este tipo de crime podem chegar a seis anos de reclusão mais a aplicação de uma multa.
Cerca de 300 policiais federais participam da operação no Maranhão e em mais 12 estados e no Distrito Federal: Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e no Distrito Federal.
Foram apreendidos computadores e dispositivos eletrônicos utilizados para o compartilhamento e armazenamento de conteúdo pornográfico. Além disso, a Polícia Federal também investiga crimes de violência sexual contra crianças e a produção de material pornográfico ilícito. As penas para este tipo de crime podem chegar a 15 anos de reclusão.
A operação foi intitulada Atalaia em referência ao termo árabe que significa tanto “torre de observação” quanto a pessoa encarregada de vigiar determinada área.
Em São Luís - Uma outra operação da Polícia Federal, em conjunto com a Secretaria da Previdência, foi deflagrada ontem, mas somente em São Luís. O objetivo é o combate a crimes previdenciários. Três pessoas foram presas e 221 benefícios fraudulentos foram bloqueados.
De acordo com a PF, entre os presos estão dois funcionários de uma casa lotérica e um estelionatário especialista em fraudes do INSS. A investigação começou no ano de 2015 e levou à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão dos benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte. Os titulares eram pessoas fictícias, criadas por meio da internet.
O grupo criminoso atuava desde 2010, contando com a participação de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de um estelionatário especializado no cometimento de fraudes previdenciárias e de dois funcionários de uma casa lotérica, responsáveis pela abertura de contas para pagamento dos benefícios irregulares.
O prejuízo, inicialmente identificado, chega em torno de R$ 13,6 milhões. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão dos benefícios ativos, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 12,6 milhões.
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema de informações e de associação criminosa, cujas penas máximas podem alcançar a dez anos de prisão. O nome da operação ‘Loinha de Montagem’ é uma alusão ao esquema criminoso que estava em andamento, já que era estruturalmente ordenado e caracterizado por divisão de tarefas.
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