Rivaldo Brasil de Oliveira poderá ter prisão temporária transformada em preventiva

Já está preso em Junco do Maranhão, Rivaldo Brasil de Oliveira (36), acusado de abusar da filha de 14 anos. O caso da menor foi denunciado pelo Disque 100. O abuso, segundo depoimentos da própria vítima, eram frequentes e já aconteciam há mais de dois anos. A menina chegou a engravidar duas vezes e a cometer abortos, segundo ela, obrigada pelo próprio pai.
“Eu não fiz nada. Isso é imaginação de menina” foi a defesa de Rivaldo, mas o que ele classifica de “imaginação” foi comprovado por laudo médico, em exames de conjunção carnal, e por relatório hospitalar, confirmando a veracidade do ocorrido. O laudo declara que a menor “não é mais virgem” e que o “desvirginamento teria sido recente”. O documento aponta ainda ter sido encontrado “vestígios de expulsão de feto por aborto”.
Segundo informações policiais, em depoimento, a menor afirma que os abusos começaram quando ela tinha 12 anos. Na época, a família residia em Itinga no Maranhão. Na casa, vivia o acusado, a esposa, a vítima e outra filha do casal, atualmente com 12 anos, que conforme o delegado titular de Itinga, José Luis Lima Furtado, não sofria abuso.
O caso - O delegado José Luis Lima Furtado informou ainda que, em meados de 2010, a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre os abusos cometidos por Rivaldo contra a filha. Desde então, a polícia passou a investigar o caso. Quando Rivaldo ficou sabendo que estava sendo procurado, fugiu com a família para Junco do Maranhão, a 30 quilômetros do município de Maracaçumé, na região oeste do estado.
A mãe da menina chegou a questionar o esposo sobre as denúncias, mas ele as negou, e ainda ameaçou a filha para que negasse. Ainda em 2010, a menina engravidou do próprio pai, que a obrigou a tomar remédio para interromper a gravidez. A polícia já identificou uma mulher, técnica de enfermagem, que ministrou o medicamento abortivo. Ela será intimada a depor em breve. No ano passado, a menina engravidou novamente e na época alegou ser do namorado. O pai, achando que a criança fosse dele, acabou espancando a menina com socos na barriga até ela perder o bebê.
Diante de tanto abuso e brutalidade, a menina escreveu uma carta denunciando toda a violência sofrida e a encaminhou para o Conselho Tutelar de Junco. O material foi enviado para a Promotoria de Itinga. No dia 12 de janeiro deste ano, em uma reunião familiar, a menina falou sobre o caso. A mãe expulsou o marido de casa e o denunciou à polícia. Ele foi embora e passou a ameaçar a filha, o namorado dela e a esposa.
O desfecho - No caso da menor, as denúncias e as provas ajudaram a polícia e aceleraram o processo. Imediatamente, foi feito o pedido de prisão temporária, pelo juiz da 2ª Vara de Itinga, Alexandre Moreira Lima, que vale pelos próximos 30 dias.
Segundo o delegado, Rivaldo deve aguardar todo o processo preso, mas na próxima semana será enviado à justiça o pedido de conversão da prisão temporária para preventiva. “Queremos evitar que ele fuja, como já fez outras vezes”, conta o delegado.