Operação da Polícia Civil no município de Barra do Corda culminou com a prisão em flagrante do pecuarista Raimar Costa Pinto. Ele foi apresentado nesta terça-feira (2), em São Luís, em coletiva à imprensa, na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA). Sobre o pecuarista pesam suspeitas de ameaças e terrorismo a vítimas que supostamente lhe deviam dinheiro de empréstimos, que, para a polícia, têm características de agiotagem.
O pecuarista é suspeito dos crimes de usura, posse ilegal de arma de fogo, ameaça, invasão de domicílio e crime ambiental. Segundo depoimento de suposta vítima que estaria lhe devendo uma quantia dinheiro, o pecuarista teria matado seu cachorro, colocado em uma mala e deixado sobre a cama, como um aviso. O depoente afirma ainda que vinha sendo aterrorizado e torturado psicologicamente pelo suspeito. As denúncias estão sendo investigadas.
O suspeito chegou a desafiar a polícia dizendo que, caso viesse a morrer, em sua cova teria espaço para um delegado e três escrivães, em tom de ameaça. “Temos uma polícia forte e que não vai se curvar a qualquer criminoso. A força da lei vai agir sobre este e aqueles que desafiam as forças da Segurança. A prisão dele mostra nossa força e ele será punido por seus crimes”, disse o titular da SSP, Jefferson Portela.
De acordo com o titular da Superintendência de Polícia do Interior (SPCI), Dicival Rodrigues, o trabalho da polícia para chegar ao suspeito vem sendo realizado há alguns meses, a partir de depoimentos das supostas vítimas. “Ele ameaçava e torturava psicologicamente. Esse fato já é um peso gravíssimo contra ele, somado às ameaças à polícia. A investigação prossegue para comprovação desses relatos e atitudes”, disse o delegado.
Na casa do pecuarista foram encontrados diversos documentos, anotações e notas promissórias relacionadas a empréstimos a juros feitos por ele para empresários da cidade. “O que nos chamou a atenção foram os valores, considerados bastante elevados o que pode indicar outros crimes”, ressalta o delegado da Regional de Barra do Corda, que investiga o caso, Renilton Ferreira. Segundo o delegado, se comprovada a prática do empréstimo a juros, o pecuarista pode responder também por agiotagem.
Em depoimento à polícia, o suspeito demonstrou não ter arrependimento do caso. “Ele demonstrou ser completamente desequilibrado e nos disse, ainda, que caso viesse a morrer, na cova teria espaço para ele e mais outros tantos”, ressalta Renilton Ferreira. A dívida de apenas uma das vítimas com o pecuarista estaria ultrapassando os R$ 2 milhões, segundo o próprio citou em depoimento.
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