Líderes do movimento dos policiais militares e dos bombeiros, que cruzaram os braços ainda na noite dessa segunda-feira (7) em todo o Maranhão, através de um acordo feito com deputados estaduais, resolveram suspender o movimento. Em reunião na manhã dessa terça-feira (8), os integrantes da comissão de negociação aceitaram a intermediação dos deputados e aguardarão até o dia 23 de novembro para receber proposta do governo do Estado.
Para que a categoria suspenda o movimento, que durou apenas quatro horas, os deputados estaduais se comprometeram a votar o Orçamento 2012 do Estado apenas depois da negociação das reivindicações dos militares e bombeiros com o governo.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, e o líder do governo na Assembleia, Manuel Ribeiro, confirmaram que serão os intermediadores desse impasse e se comprometeram em sentar à mesa com o governo para resolver a questão em duas semanas.
Durante a reunião, policiais militares teceram críticas ao coronel Franklim Pacheco, comandante da Polícia Militar, porque, segundo os militares, o comandante não teria ficado do lado da tropa. Os deputados se comprometeram a conversar com o coronel. Críticas também foram feitas ao secretário de Planejamento, Fábio Godim, que, de acordo com a categoria, não apresentou propostas.
Em contrapartida, os deputados exigiram que os militares e bombeiros retornassem, imediatamente, com os carros oficiais para os quartéis. Vários integrantes das corporações saíram com os carros para protestar em frente à Assembleia, o que não é permitido pela legislação.
Imperatriz
Em Imperatriz o movimento foi grande e, assim como em São Luís, iniciou na noite de segunda-feira. Os militares, portando faixas, “invadiram” o Aeroporto Prefeito Renato Moreira, onde fizeram manifestação.
O movimento continuou na manhã dessa terça-feira (8) com manifestação em frente ao Quartel do 3º BPM. No local, os grevistas fizeram um piquete colocando veículos na entrada do quartel para evitar que viaturas saíssem com policiais para as ruas.
Os policiais tiveram o apoio dos defensores públicos do estado em Imperatriz, Fábio Machado e Davi Veras, que inclusive fizeram pronunciamento apoiando a paralisação, bem como de índios que estão acampados há mais de uma semana na sede da FUNAI em Imperatriz, os quais foram ao local da manifestação portando faixas de apoio aos militares.
Por volta de 11 horas, o movimento paredista acabou em todo o estado e os policiais voltaram ao trabalho.
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