Cristiano Barbosa Sampaio, superintendente da PF no Maranhão, e o delegado Paulo de Tarso na coletiva de ontem na DPF
Veículos, copiadora multifuncional e documentos apreendidos na operação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nessa terça-feira (6), a “Operação Sinistro”, que teve como objetivo a repressão à prática de fraudes no requerimento e recebimento de valores do Seguro DPVAT, administrado pela Seguradora Líder.
A investigação teve início em março de 2011, pelo delegado Paulo de Tarso Cruz Viana Filho, após ter recebido a denúncia da movimentação de três contas bancárias na Caixa Econômica Federal (CEF), em Imperatriz, com a utilização de documentos falsos, inclusive procurações públicas, nas quais foram depositados e sacados os valores de três seguros DPVAT.
O valor individual foi de R$ 9.450.00, totalizando a quantia de R$ 28.350.00, o que resultou na instauração do inquérito policial em março de 2011.
De acordo com levantamentos feitos, o prejuízo total causado pela fraude foi estimado em R$ 1.500.000.00.
Ação criminosa - A quadrilha recrutava um terceiro, vítima ou não de acidente de trânsito, que apresentasse ou não algum tipo de lesão (invalidez ou amputado) para requerer o recebimento do Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). Além disso, falsificava vários documentos para atestar a existência de lesão ou seu agravamento, como laudos do Instituto de Medicina Legal (IML), prontuários médicos, certidões de ocorrência policial, RG e CPF, entre outros.
Com o deferimento do pedido do Seguro DPVAT e utilização de documentos falsos, em algumas ocasiões, a organização criminosa abria e movimentava contas em instituições bancárias para saque dos valores a serem recebidos.
Doze pessoas presas - Na ação foram empregados 89 policiais federais dos Estados do Maranhão, Piauí e Pará, que sob o comando dos delegados Luis André Lima Almeida e Alex Ranieryde Freitas Santos, que deram cumprimento a 9 mandados de prisão preventiva; 4 mandados de prisão temporária; e 15 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Imperatriz, Senador La Rocque e Marabá (PA).
Foram presos 9 homens e 3 mulheres e apreendidos nove veículos, sendo quatro de luxo (Hilux, L-200 e Corolla), notebooks, uma copiadora multifuncional, três celulares, diversos documentos que comprovam as fraudes investigadas e a quantia de R$ 4.400,00.
Os acusados vão responder pelos crimes de falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato e formação de quadrilha ou bando.
Para falar da operação, cujo nome faz referência ao foco dos investigados na consecução das fraudes, pois simulavam sinistros (acidentes de trânsito) para obterem recursos indevidos do Seguro DPVAT, esteve em Imperatriz o superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Barbosa Sampaio.
Como de praxe, a Polícia Federal não divulgou os nomes dos acusados presos.