A Policia Federal cumpriu 30 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão na “Operação Letum” deflagrada na manhã desta sexta-feira (27) em Imperatriz, São Luís, Vitória do Mearim e ainda em Palmas (TO), Dourados (MS) e Três Lagoas (MS). A ação faz parte do combate ao tráfico de drogas e armas.
Ao todo, 23 pessoas foram presas e sete ainda estão foragidas. No Maranhão, 19 pessoas foram presas, principalmente na Região Tocantina. Alguns mandados foram cumpridos dentro da Unidade Prisional de Imperatriz e do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Segundo Sandro Rogério Jansen Castro, Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DRCOR), o comando da organização criminosa está localizado nos estados do Mato Grosso do Sul e do Tocantins.
“O comando desse grupo, já que é uma organização criminosa de nível nacional, ele não está localizado em São Luís e sim em outros estados. E dentro dessa hierarquia, a gente chegou em membros que estão no Mato Grosso do Sul e Tocantins”, disse o delegado.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal de São Luís. A operação contou com o apoio de 100 policiais federais de Ceará, Piauí, Tocantins, Pará, Amazonas, Amapá, Paraná e Mato Grosso do Sul. No Maranhão, a operação contou com o auxílio da Polícia Militar em Imperatriz.
As investigações
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram no dia 3 de junho de 2019 por conta de um homicídio. O desenrolar dos fatos levou os policiais a descobrirem que o assassinato em questão era causado por uma facção criminosa responsável por pelo menos 20 casos de homicídios e tentativas de homicídio.
“A investigação iniciou em junho deste ano com base no homicídio e esse crime parte de uma investigação sobre organizações criminosas. A gente percebeu que havia um grupo em Imperatriz que tinha como função exterminar concorrentes do tráfico de drogas e de armas no Maranhão. A gente especializou as investigações nesse grupo que tem como finalidade exterminar rivais”, explicou o delegado Sandro Rogério.
De acordo com Cassandra Ferreira Parazi, Superintendente da Regional da PF, os alvos da facção seriam criminosos rivais, policiais e agentes penitenciários que de alguma forma agiam contrários aos interesses do grupo criminoso.
As investigações apontam que o assassinato do soldado da PM, Wanderson Monteiro em Imperatriz, foi cometido por membros dessa organização criminosa e a vítima não tinha envolvimento com o grupo.
O nome da operação, “Letum”, é uma referência à personificação da morte na mitologia romana.
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