A 7ª edição da operação Brasil Integrado prendeu, na quarta (7) e quinta (8), 86 pessoas suspeitas de terem cometido homicídio e latrocínio, de acordo com o Ministério da Justiça. A operação, coordenada pelo governo federal, foi realizada em dez estados e no Distrito Federal.
Os números foram apresentados em entrevista coletiva na sede do Ministério da Justiça, em Brasília, na tarde dessa sexta-feira (9). Participaram da operação os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e, também, o Distrito Federal.
De acordo com o ministério, também foram apreendidos cinco menores de idade suspeitos de homicídio. “A ação foi focada em homicidas, latrocidas. A nossa intenção é que a pessoa seja presa, punida e que se prove que matar não compensa neste país”, explicou a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
Ao todo, foram efetuadas 884 prisões que envolvem, além de crimes contra a vida, delitos como porte ilegal de armas e drogas. A maior parte das detenções (731) foi feita em flagrante, segundo o ministério. O maior número de prisões (mais de 33%) foi realizado no Ceará. Além das prisões em flagrante, foram cumpridos 153 mandados de prisão.
“Por conta da sobrecarga do sistema prisional, tivemos o trabalho de qualificar os mandados de prisão, buscamos, em cerca de 400 mil mandados, aqueles de acusados que não podem ter outra pena que não a reclusão”, comentou Regina Miki.
Número de adolescentes ‘choca’
Durante a apresentação dos dados, a secretária de Segurança disse que o número de adolescentes apreendidos por homicídio durante a operação “choca”.
“Esses adolescentes não deveriam estar na cadeia, deveriam estar estudando. Esse número nos choca, isso nos leva a refletir, quanto a políticas públicas, que devemos ter o foco totalmente voltado para a juventude para que ela não caia no crime, seja como praticante ou como vítima”, declarou.
Armas e drogas
Ao longo da operação, as forças policiais realizaram uma série de fiscalizações em estradas e municípios dos estados participantes da força-tarefa. Nessas blitzen, foram recolhidos 130 revólveres e 61 armas brancas. Também foram recolhidos 105 kg de maconha, 10,5 kg de crack e 2,7 kg de cocaína.
Para cada dia de operação, foram mobilizados 5,6 mil integrantes das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal. Agentes da Força Nacional também colaboraram com a força-tarefa.
A operação foi coordenada pela Central Integrada de Comando e Controle Nacional em Brasília, com apoio dos centros estaduais de Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e Goiânia. Todos os centros foram construídos para a Copa do Mundo de 2014 e serão utilizados, segundo o Ministério da Justiça, durante as Olimpíadas de 2016, no Rio.
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