São Luís – A disputa pela liderança de uma das facções criminosas reclusa no Centro de Detenção de Pedrinhas provocou a eclosão de um novo confronto na manhã dessa terça-feira (17). Informações preliminares apontam que o novo motim na CDP de Pedrinhas contabilizou quatro mortes, três delas por decapitação.
O motim aconteceu no bloco Gama, no CDP de Pedrinhas, e os detentos usaram facas artesanais para cometer os homicídios, numa disputa pela liderança de uma das facções criminosas que atuam na capital maranhense.
Os mortos foram identificados e são eles: Manoel Laércio Santos Ribeiro, pai de Gilson Cley Pinheiro Silva, que também foi morto no confronto. Também foram assassinados Irismar Pereira e Diego Micael.
Mortes violentas, motins, rebeliões, tentativas de fuga, descoberta de túneis têm se tornado fatos rotineiros no Complexo Penitenciário do Maranhão. A falta de estrutura física, superlotação e a escassez de profissionais capacitados para o exercício da profissão já foram alvos de diversas denúncias.
Este ano, a maior rebelião aconteceu no início de outubro, deixando um saldo de 9 mortos e 20 feridos. Após esse fato, o Ministério Público Federal e a Defensoria Geral da União solicitaram a intervenção federal nas penitenciárias maranhenses e, desde então, a Força Nacional têm reforçado a segurança no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Nota oficial da SEJAP - A Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que uma briga entre membros da mesma facção dentro do bloco Gama, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, resultou, na manhã de terça-feira (17), na morte de quatro presos, sendo três decapitados e um esfaqueado.
O motim foi contido por homens do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), com apoio da Força Nacional. A situação foi devidamente controlada e o estabelecimento passa por uma revista completa.
A Sejap informa, ainda, que os crimes estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios. De acordo com as primeiras informações, a rivalidade entre os membros do grupo motivou o confronto na unidade prisional.