Delegado Tiago Bardal continua preso em anexo da Delegacia Especial em São Luís

O Ministério Público Federal do Maranhão (MPF-MA) ofereceu uma denúncia à Justiça Federal contra o ex-delegado Tiago Bardal e mais 12 pessoas acusadas de participarem de um esquema de contrabando internacional de mercadorias em São Luís.

O MPF pediu a manutenção das prisões preventivas e medidas cautelares, além da condenação dos denunciados pela prática de crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho, corrupção, falsidade documental, posse irregular de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Além de Bardal, foram denunciados o ex-vice-prefeito de São Mateus Rogério Sousa Garcia, o coronel da Polícia Militar (PM) Reinaldo Elias Francalanci, o major da PM Luciano Fábio Farias Rangel, o subtenente da PM Joaquim Pereira de Carvalho Filho, o soldado da PM Fernando Paiva Moraes Júnior e o advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo. O MPF pediu a manutenção das prisões preventivas dos acusados José Carlos Gonçalves, Galdino do Livramento Santos e Evandro da Costa Araújo.
O MPF também denunciou Rodrigo Santana Mendes, Edimilson Silva Macedo e o tenente da PM aposentado Aroldo João Padilha Martins, que tiveram a aplicação de medidas cautelares pedidas pelo órgão. Com isso, os acusados terão que comparecer mensalmente em juízo para justificar sua atividade, proibição de ausentar-se da cidade onde reside e de manter contato com os demais denunciados.
A denúncia foi formulada pelos procuradores da República Carolina da Hora Mesquita Höhn, Juraci Guimarães Júnior e Marcilio Nunes Medeiros, designados pela Procuradora-Geral da República Raquel Dodge para atuar na investigação. A ação foi baseada em laudos elaborados pela Polícia Civil e Polícia Federal, além de depoimentos de testemunhas, policiais civis e militares e apreensão de mercadorias ilícitas e armas sem registros.
Na manhã dessa quarta-feira (28), o ex-delegado Tiago Bardal voltou a prestar depoimento na Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor). Ele é investigado novamente por uma denúncia de desvio em uma carga de cigarros que foi apreendida por ele em agosto de 2017. O ex-delegado está preso na Casa de Custódia, que fica anexo à Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), onde policiais civis que respondem a situações contra a lei ficam.