Promotor Carlos Augusto Ribeiro, titular da 7ª Promotoria Criminal da Comarca de Imperatriz - Dema de Oliveira – O PROGRESSO

Além da revogação das prisões preventivas dos acusados, foi revogada também a medida que afastava José Rubem Firmo do cargo de prefeito

O Ministério Público Estadual (MPE), por intermédio do promotor de Justiça Carlos Augusto Ribeiro, titular da 7ª Promotoria Criminal da Comarca de Imperatriz, anunciou nesta sexta-feira (6), em entrevista a O PROGRESSO, que vai recorrer da decisão que levou à liberdade os cinco acusados de envolvimento na morte do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva.
O promotor Carlos Augusto disse que a atuação do Ministério Público será pautada e continuará sendo pautada, pelos mesmos critérios já adotados desde o início da investigação relativos esse caso. “O Ministério Publico sempre se posicionou pela necessidade da decretação e manutenção da prisão preventiva de todos, considerando a gravidade do fato, o clamor social causado, a periculosidade dos acusados, demonstrado no caso, levando-se em conta que se tratou de um crime por encomenda, um crime de pistolagem com a finalidade de afastar o gestor público do cargo para que o interessado assumisse”, destacou. 
Segundo o promotor Carlos Augusto, todos esses fatores demonstram a necessidade da prisão preventiva. “Esse raciocínio era exatamente a postura que o Poder Judiciário vinha adotando até então. De forma que houve uma surpresa, uma mudança abrupta de direção com esta concessão de liberdade provisória desses acusados”, enfatizou a autoridade.
O promotor Carlos Augusto disse que o que causou mais estranheza, também, além da revogação das prisões preventivas dos acusados, foi a derrubada da medida que afastava José Rubem Firmo do cargo de prefeito, que ele chegou a assumir depois do assassinato de Ivanildo Paiva. José Rubem é, de acordo com as investigações, um dos mandantes do crime. O outro seria o empresário Antonio José Messias. 
“O Ministério Público vai continuar nesta mesma conduta de restabelecer a ordem jurídica, a paz social e o equilíbrio com a manutenção da prisão dos acusados”, reiterou o promotor Carlos Augusto. 
O representante do Ministério Público informou que tem cinco dias, a partir da notificação formal da decisão do juiz titular da 2ª Vara Criminal, Marcos Antonio Oliveira, fato que ainda não aconteceu. O MP vai certamente interpor os recursos possíveis e pertinentes, junto ao Tribunal de Justiça do Estado. 
Estão em liberdade provisória, por força da decisão da justiça, os cinco acusados da morte do prefeito Ivanildo Paiva: José Rubem Firmo e o empresário Antonio José Messias, que seriam os mandantes; Francisco Bezerra Soares, o ‘Tita” e Willame Nascimento Silva, policiais militares que seriam os executores, e o mecânico José Denilton Feitosa Guimarães, o “Boca Rica”, o agenciador dos matadores.