Vitor Yan, as vítimas e as condições em que o carro ficou

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Victor Yan Barros de Araújo, de 25 anos, que dirigia o veículo que capotou na Avenida Carlos Cunha, no bairro Jaracaty, em São Luís. O acidente deixou cinco pessoas mortas.
De acordo com o ministro Nefi Cordeiro, a prisão preventiva de Victor Yan deve ser mantida pois ele apresentava sinais de embriaguez, teria negado realizar o teste do bafômetro e o exame de alcoolemia. A prisão do motorista havia sido determinada pela Justiça do Maranhão dois dias após o acidente.
Além disso, a decisão levou em consideração que o laudo pericial de embriaguez alcoólica foi realizado cinco horas após o acidente, o que pode ter influenciado no resultado. O laudo realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que o motorista não estava embrigado. Desde o dia do acidente, Victor Yan continua internado em um hospital particular de São Luís. O hospital não divulgou o estado de saúde dele.
Victor Yan virou réu no processo feito pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) que acusa ele de ter causado o acidente. Segundo o juiz Gilberto de Moura Lima, a acusação preenche todos os requisitos previstos no Artigo 41 do Código de Processo Penal (CPP), com a exposição do fato criminoso, suas circunstâncias, qualificação do acusado e classificação do crime.
As investigações realizadas pela Polícia Civil e que foram anexadas na denúncia feita pelo MPMA, apontaram que Victor Yan já havia se envolvido em outro acidente de trânsito, onde ele atingiu uma motocicleta com duas pessoas. Segundo testemunhas, o motorista estava sob efeito de álcool e entorpecentes e fugiu do local sem prestar socorro.

O acidente

Em 8 de setembro, o carro que era guiado por Victor Yan Barros de Araújo se envolveu em um acidente na Avenida Carlos Cunha no bairro Jaracaty, em São Luís. De acordo com a polícia, o veículo colidiu após ele ter perdido o controle e capotado em uma área residencial do bairro. Testemunhas contestaram a versão e afirmam que Victor dirigia em alta velocidade. Cinco pessoas morreram por conta do acidente. Dentre os mortos, duas estavam no carro que era guiado por Victor Yan. As outras três vítimas estavam em uma festa de aniversário que estava sendo realizada na área residencial do bairro Jaracaty. 
As vítimas foram Carla Correa Diniz, agente penitenciária que deixou dois filhos; Tiana Alves Correa, prima de Carla, Henrique Martins Durans Neto, morador do Jaracaty; Maurício Andrey Soares, que estava no banco do carona do veículo envolvido no acidente; e Ana Lourdes, passageira do veículo envolvido no acidente.