José Alberto no Tribunal do Júri
Keila dos Santos Mendes em sua cadeira de rodas quando se dirigia para o Tribunal do Júri para prestar depoimento

O motorista José Alberto Vieira Pereira, que desferiu três tiros na ex-mulher Keila dos Santos Mendes, fato ocorrido dia 26 de fevereiro de 2010, disse em depoimento que “tudo não passou de um acidente”. Entretanto, Keila dos Santos confirmou que José Alberto vinha ameaçando-a de morte e que ela já havia registrado vários boletins de ocorrência denunciando-o pelas ameaças.
Keila, que chegou ao Fórum Henrique de La Rocque Almeida acompanhada de familiares, permaneceu no Tribunal do Júri mesmo depois de ter sido inquirida pelo promotor e pelo advogado de defesa.
O representante do Ministério Público disse que esse caso não foi acidente, porque o acusado efetuou os disparos em locais que poderiam ter sido fatais para Keila. Um dos tiros efetuados por José Alberto atingiu a espinha cervical, que a deixou tetraplégica. Por seu turno, o advogado de José Alberto defendeu a tese de presunção de acidente.
Ao todo, foram ouvidas nove testemunhas, sendo cinco de defesa e quatro de acusação. No dia do crime, José Alberto prometeu matar a ex-mulher e depois mataria também as três filhas do casal. Ainda foragido, chegou a fazer ameaças, segundo consta do inquérito.
Até o fechamento desta edição, o resultado do julgamento ainda não tinha sido anunciado.