Acontecerá no próximo dia 9 o julgamento do motorista José Alberto Vieira Pereira, de 34 anos, acusado de ter tentado contra a vida da ex-mulher, a cabeleireira Keilla dos Santos Mendes, agora com 28 anos.
José Alberto, que encontra-se na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), está na pauta de julgamento da 3ª reunião ordinária do 2º Tribunal do Júri, que será presidido pela juíza Suely de Oliveira Santos Feitosa, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz.
O julgamento está marcado para iniciar às 8 horas do dia 9 de agosto, no Salão do Júri do Fórum Henrique de La Rocque. José Alberto Vieira Pereira responde a ação penal 1881-81.2010.8.10040, cuja incidência penal está no artigo 121, § 2º, II e IV, c/c com o artigo 14, do CPB, ou seja, tentativa de homicídio com lesão grave, já que a vítima ficou tetraplégica.
O crime
A cabeleireira Keilla dos Santos Mendes e o motorista José Alberto Vieira Pereira estavam separados, mas ele não concordava, queria o reatamento e não lhe dava trégua. Keilla foi à polícia várias vezes e registrou ocorrência contra ele.
Um dia antes de ser alvejada, ela havia ido até a Regional e registrado novo boletim de ocorrência, já que José Alberto tinha ido ameaçá-la em seu local de trabalho.
Nesse dia, ela, que conduzia uma motocicleta Honda BIZ, foi escoltada por policiais até a residência onde mora com a mãe, localizada na Rua Raimundo de Moraes Barros, 10, bairro Santa Rita. No dia seguinte, José Alberto foi até próximo à casa dela, fato ocorrido no dia 26 de fevereiro de 2010, e a baleou com três tiros, sendo que um a deixou tetraplégica.
Em uma cadeira de rodas, Keilla dos Santos Mendes sobrevive de um benefício do INSS. A mãe dela, Maria Amália dos Santos Mendes, teve de deixar o trabalho para cuidar de Keilla, que tem ainda três filhos. Para piorar mais a situação, o pai da vítima está doente e também não pode mais trabalhar.
Em entrevista à imprensa na tarde dessa segunda-feira, Keilla disse que José Alberto acabou com sua vida. “Ele acabou com a minha vida. Tudo o que ele está passando ainda é pouco pelo que fez comigo. Quando ele me conheceu, eu era uma pessoa normal e agora me encontro em uma cadeira de rodas sem poder fazer nada”, desabafou.
Aumentou
Segundo dados da Delegacia Especial da Mulher, mesmo com o advento da Lei Maria da Penha, têm aumentado os casos de agressões e homicídios contra a mulher em Imperatriz.
Este ano, 197 inquéritos já foram remetidos à justiça para serem julgados. Além disso, várias medidas protetivas a favor de mulheres agredidas e ameaçadas por ex-maridos e ex-namorados foram deferidas.
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