São Luís - Após quase uma semana da execução do agente prisional Valter Sidney Salgado de Sá, de 54 anos, mais conhecido como “Valter Filé”, agente penitenciário, que colaborava com as unidades da Segurança Pública do Maranhão, na área Cidade Operária/Janaína, investigadores da Delegacia Especial da Cidade Operária e da 18ª Delegacia Distrital (Cidade Olímpica) continuam desenvolvendo investigações visando elucidar o crime.
Filé foi morto na noite do dia 13, quando se encontrava em um bar na Vila Janaína, bairro onde residia, e as investigações preliminares foram feitas pelo delegado Valber Braga, que se encontrava no Plantão da Cidade Operária, porém sem obter êxito.
Logo na manhã do dia seguinte, as investigações foram transferidas para a Delegacia Especial da Cidade Operária e estão sendo desenvolvidas sob o comando do delegado Dicival Gonçalves da Silva, com o apoio do delegado Walter Wanderley, da Cidade Olímpica, visto que Filé colaborava com as duas delegacias, tanto passando informações quanto participando ativamente de investigações e até de diligências.
A execução do agente teria sido autorizada pelo traficante conhecido apenas como “Gaspar”, que se encontra preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, de onde continua comandando o tráfico de drogas na região da Cidade Operária. A polícia ainda não tem informações que confirmam esta suspeita, que também não é descartada pelos investigadores.

Outra suspeita

Existe também a presunção de que a morte de Filé pode ter sido por vingança, partida de traficantes por ele denunciados ou por pessoas ligadas a um homem a quem ele matou dentro da Delegacia Especial da Cidade Operária há cerca de 15 anos. A vítima teria furtado uma bicicleta de um filho da vítima.
O investigador Almir, chefe da Seção de Capturas da Decop, disse que o trabalho tem continuidade e que alguns fatos já estão sendo levantados, porém não podem ser revelados para que as investigações não sejam prejudicadas.
Laércio Nazareno, irmão de Valter de Sá, acredita no empenho da polícia e que a morte do irmão será elucidada por completo. “As investigações estão no rumo certo. Queremos que a Justiça seja feita dentro dos parâmetros da lei, visto que o meu irmão era um cidadão útil à sociedade e que se empenhava no combate ao crime, fator que foi o causador de sua morte. Suas ações incomodavam a bandidagem”, finalizou Nazareno.