A reunião entre governo do estado e militares, que aconteceu ontem na sede da OAB-MA, em São Luís, acabou sem acordo.
João Alberto, representante do Executivo nas negociações, disse que não vai mais negociar com representantes de fora do Estado. Na mesa de negociação estava o baiano Marcos Prisco, da Associação Nacional dos Praças. Ele representou os militares na reunião.
A proposta do governo era de aumento salarial de 8,5%. Os militares não aceitaram. Na sala, a portas fechadas, estavam o secretário de Projetos Especiais, João Alberto, Valdenio Caminha (OAB) e Mário Macieira (OAB). “O valor que o governo ofereceu tá muito aquém do que pedimos”, disse o diretor da Associações dos Policiais Militares do Maranhão, Jean Mary.
Eles querem 30%. Com a negativa, o governo fez uma nova proposta. Os militares se reuniram, discutiram e não aceitaram novamente. Mesmo assim, Mário Macieira, da OAB, diz ter havido novo avanço nas negociações. Porque eles vão analisar com a categoria e uma nova reunião, na sexta-feira, às 14h, tentará pôr fim ao movimento.
Pela proposta do Governo, os salários dos militares passam a ser de R$ 2. 240,00. Mas a categoria quer R$ 2.260,00 e propuseram uma tabela cujo escalonamento salarial chegaria a R$ 3.891,00 em 2015.
A maioria das reivindicações feitas pelos grevistas foi atendida pelo governo, como anistia aos líderes e participantes do movimento grevista; fim do RDE (Regimento Disciplinar do Exército); promoções; mesa permanente de negociação com o governo.
Em Imperatriz, era grande a expectativa de que a greve acabaria nessa quarta-feira, mas como as negociações em relação ao aumento do salário não tiveram êxito, os policiais e bombeiros militares, mesmo diante do forte temporal que caiu no fim da tarde na cidade, continuam acampados em frente ao Quartel do 3º BPM.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14265
Militares e governo não chegam a acordo e greve continua
Uma nova reunião está agendada para esta sexta-feira
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