O médico Mariano de Castro e Silva, apontado como operador de um esquema na Saúde do Maranhão, foi encontrado morto na noite de quinta-feira (12), no apartamento em que cumpria prisão domiciliar no bairro de Ininga, em Teresina-PI.
Segundo o delegado Francisco Costa, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa de Teresina, o médico foi encontrado pela irmã, por volta de 19h. “Para tirar as suspeitas, mandamos realizar todos os procedimentos de perícia. O Instituto de Criminalística foi ao local, realizou uma perícia de local do crime e as informações preliminares são de que se trata de um suicídio”, disse.
Ainda de acordo com Francisco Costa, foi encontrada no local uma carta que teria sido escrita pelo médico.
Segundo a Polícia Federal, o médico era um dos principais operadores do esquema que desviou R$ 18 milhões e 345 mil de recursos públicos federais enviados entre 2015 e 2017 ao governo do Maranhão para cuidar da saúde da população.
O médico Mariano de Castro Silva ocupou os cargos de chefe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), na Prefeitura de Coroatá, e de assessor da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde lamentou a morte do ex-servidor e disse lamentar ainda que o médico tenha sido “vítima do período absolutamente autoritário que vive o Brasil, com restrição de direitos, presunção de culpa e ofensa a preceitos fundamentais da Constituição”.
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