O assassino confesso de um dos crimes mais bárbaros que já aconteceram em Imperatriz, o marceneiro Alcino Vilarins de Oliveira, 49 anos, foi transferido na manhã dessa segunda-feira, 1º de setembro, para a Unidade Prisional de Ressocialização de Davinópolis (UPRI).
O titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Imperatriz, Eduardo Galvão, que acompanhou todo o caso, juntamente com policiais da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), informou a O PROGRESSO que a transferência foi por medidas de segurança. “Fizemos a transferência dele para Davinópolis por medidas de segurança, pois tinha pessoas exaltadas durante a manifestação”, disse o delegado.
O delegado Eduardo Galvão confirmou que o marceneiro Alcino Vilarins de Oliveira, que é natural de Grajaú e foi até candidato a vereador pelo PCB em Imperatriz nas últimas eleições, disse que o acusado narrou em detalhes as circunstâncias do crime. Mas o delegado Galvão disse que a única situação que ele falou que a polícia não acredita é quanto à questão do início do encontro com a vítima.
Para a polícia, o encontro aconteceu de maneira pacífica inicialmente, porque eram vizinhos e talvez se falaram, mas não tem dúvida de que, em seguida, aflorou o monstro que tinha dentro dele, como o próprio disse em entrevista à imprensa, e acabou acontecendo essa barbaridade. “Não se tem dúvida de que o acusado abusou sexualmente da vítima forçadamente e depois a matou com requintes de crueldade”, disse o delegado Galvão.
O delegado afirmou que o acusado é uma pessoa extremamente dominante. “Ele queria ser preso, ele queria ser encontrado. Ele poderia ter dispensado o corpo no riacho Capivara, que passa próximo, mas ele deixou em local à vista, para que a população tivesse facilidade de encontrar”, afirmou.
Réu confesso - Alcino Vilarins de Oliveira contou o crime com detalhes. Ele disse, sem demonstrar qualquer arrependimento, que o primeiro golpe foi no pescoço, o segundo na virilha da perna esquerda e o quarto no abdômen, que deixou as vísceras expostas. Isso tudo depois de ter estuprado Kaylane Ferreira Frazão.
Após matar a jovem, Alcino disse que pegou o corpo nos braços e levou para onde foi encontrado por populares. A jovem estava nua. Alcino usou dois facões para golpear a vítima.
Alcino tentou adulterar a cena do crime pintando o chão com tinta, mas os peritos usaram reagente e rapidamente foram encontradas as marcas de sangue no local.
A residência de Alcino foi incendiada e destruída por moradores na área.
Lista - O delegado Galvão disse que realmente existe uma lista com 60 nomes de jovens, e o primeiro era justamente o de Kaylane Frazão, mas não pode falar que ele mataria todas. A lista foi denominada pelo criminoso de ‘meu harém’.
De acordo com o delegado regional Eduardo Galvão, na casa do assassino foi encontrado, também, um segundo caderno de anotações com termos que se referem a armas e morte. O material recolhido na casa foi encaminhado para a perícia.
Diante da periculosidade do assassino, que tem tudo de um possível psicopata, não se pode descartar que ele seria um serial killer e, além de Kaylane Frazão, outras jovens da lista poderiam morrer.
Autuado em flagrante -Alcino Vilarins de Oliveira foi autuado em flagrante delito por estupro de vulnerável, com resultado morte, de acordo com o artigo 217-A, do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que nesse caso prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão.
O que chama a atenção é que, por esse crime, Alcino será julgado pelo juízo singular, e não pelo Tribunal do Júri. A Polícia Civil tem 10 dias para enviar o inquérito à Justiça.
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