Foi novamente marcado o julgamento da enfermeira Irani Vieira Ferreira da Rocha, acusada de ser mandante da morte do advogado Valdecy Ferreira da Rocha, que era seu esposo. O novo julgamento de Irani foi marcado para o dia 18 de novembro, próxima terça-feira, no salão do júri do Fórum Henrique de La Rocque, situado na rua Rui Barbosa.

O julgamento de Irani era para ter ocorrido desde o mês de junho, mas foi suspenso em função do pedido de um habeas corpus feito pela defesa da acusada e deferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, através do relator, desembargador Antonio Fernando Bayma Araújo. A defesa solicitou à justiça que fossem feitas três diligências, uma delas se a testemunha que viu Gilvan Varão atirando no advogado Valdecy Ferreira tinha uma visão ampla do local. Em função disso, a juíza titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Janaína Araújo de Carvalho, indeferiu o pedido para que essas diligências fossem feitas e por conta disso a defesa impetrou um habeas corpus pedindo a suspensão do julgamento de Irani Vieira, até que sejam efetuadas essas diligências, concedido pelo Tribunal de Justiça.
Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Guerreiro Junior, alegou que a juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Janaína Araújo, quando indeferiu a realização das três diligências solicitadas, violou o direito ao contraditório e ampla defesa da paciente.
O caso - O advogado Valdecy Ferreira da Rocha foi executado com um tiro a queima roupa na cabeça, no dia 30 de novembro de 2005, por volta de 17 horas, quando estava saindo em sua caminhonete, que estava estacionada em frente à Prefeitura Municipal de Imperatriz. No decorrer das investigações, realizadas na ocasião pelos delegados Carlos Alberto Brasil e Ródson Almeida, este último vindo de São Luís especialmente para ajudar nas investigações, foi constatado que Irani Vieira é acusada de ser a mandante, enquanto que Gilvan Pereira Varão o autor do crime.