Casa da Mulher Brasileira em São Luís atende mulheres de todo o estado

Aumenta o número de casos de feminicídio no Maranhão. De acordo com o levantamento realizado pela Casa da Mulher Brasileira, 48 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2019 no Maranhão. O número representa um aumento em relação ao ano passado, que registrou durante os 12 meses, 46 casos em todo o estado. Em Imperatriz aconteceram três casos. 

O estudo apontou que 51 mulheres foram vítimas de feminicídio no Maranhão em 2017. 
O último caso foi registrado neste fim de semana, no município de Joselândia, localizado a 336 km de São Luís, onde a vítima de 16 anos foi morta a tiros pelo ex-companheiro.
“Se todas as mulheres vítimas de violência de fato denunciasse, a gente teria um número absurdo porque infelizmente o lugar mais inseguros para nós mulheres é dentro das nossas casas. As mulheres sofrem violência e demoram muito tempo para denunciar”, afirma Susan Lacerda, diretora da Casa da Mulher Brasileira.
Inaugurada há dois anos no bairro Jaracaty, em São Luís, a Casa da Mulher Brasileira, que atende todo o estado, já realizou mais de 140 mil atendimentos pela rede de apoio as mulheres vítimas de agressão. O local oferece auxílio psicológico as vítimas de violência, possui núcleos do Ministério Público do Maranhão (MPMA), da Defensoria Pública do Maranhão (DPE-MA) e uma delegacia especial para atender a vítima.
Segundo Susan Lacerda, por conta das datas festivas de fim de ano, é comum que sejam registradas uma quantidade maior de ocorrências de crime de feminicídio no estado. Por isso, é importante que as vítimas ou testemunhas de qualquer tipo de violência contra a mulher realizem uma denúncia.
“É muito importante que as pessoas denunciem. Tem muita gente que diz ‘toda semana tem um quebra-pau aqui do lado’, mas a pessoa não liga para o 180, para o 190 e deixa a situação acontecer. Ocorre que em algum momento essa mulher pode ser vítima de feminicídio e você se omitiu de salvar uma vida”, disse.
Imperatriz  - Em Imperatriz foram registrados apenas três casos de feminicídio em 2019. Mas a Delegada Titular da Delegacia Especial de Amparo a Mulher – DEAM, Silvianny Tenório, informou que foram requeridas mais de 600 medidas protetivas contra acusados de violência doméstica.