O Maranhão tem registrado aumento no número de casos de feminicídio nos cinco primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Até 28 de maio foram registrados 24 casos de feminicídio no Maranhão. Em 2019, de janeiro a maio, foram 21 casos em todo o estado.
Em 2020, os casos de feminicídio ocorreram em 22 cidades: São Luís, Imperatriz, Maracaçumé, Buriticupu, Coroatá, São Luís Gonzaga, Timbiras, São José de Ribamar, Caxias, Lago da Pedra, Governador Edison Lobão, Itapecuru, Brejo, Pinheiro, Timon, Carolina, João Lisboa, Presidente Dutra, Palmeirândia, Santa Inês, Santa Helena e São João do Paraíso.
Um dos casos registrados em 2020 ocorreu em janeiro, no Condomínio Pacífico I, em São Luís. Segundo a polícia, o PM Carlos Eduardo efetuou vários tiros contra Bruna Lícia, após flagrar uma traição. Eles viviam juntos em união estável.
O homem que estava com Bruna no condomínio se chamava José Willian e também foi morto pelo policial. Carlos Eduardo acabou preso e responde por homicídio contra José Willian e feminicídio contra Bruna Lícia.
Segundo a SSP, a Casa da Mulher Brasileira, em São Luís, é um espaço de acolhimento e apoio psicossocial com serviços especializados para mulheres em situação de violência.
No local também funciona uma Delegacia Especializada com atendimento 24h, além de Juizado em Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres, Promotoria Especializada e Defensoria Pública.
Há ainda a Patrulha Maria da Penha, que desenvolve acompanhamento exclusivo à mulher vítima de violência. Após a denúncia em delegacia e definida a medida protetiva, uma policial é destacada para acompanhar a mulher, promover o afastamento do agressor do lar e impedir que ele se reaproxime.
Segundo a Secretaria, a Patrulha também realiza atendimentos, como visitas e rondas nas residências das vítimas de violência doméstica, evitando que agressores descumpram as medidas protetivas.
Em Imperatriz, aconteceu apenas um caso de feminicídio esse ano, até agora. No dia 12 de fevereiro, Maria Vitória foi assassinada pelo companheiro, identificado por José Mauro, fugitivo do sistema penitenciário do Maranhão. José Mauro matou Maria Vitória e escondeu o corpo debaixo da cama do quarto da casa onde o casal morava, no Povoado Lagoa Verde.
Quando foi preso, José Mauro alegou que matou Maria Vitória porque ela havia consumido maconha, que ele havia comprado para o seu consumo, sem sua ordem.
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