Brasília-DF - Um grupo de manifestantes que protestava contra o projeto do novo Código Florestal (PLC 30/11), em tramitação no Senado, entrou em conflito com a Polícia Legislativa da Casa no início da tarde dessa terça-feira (8). Um dos manifestantes recebeu um tiro de pistola de eletrochoque do tipo taser e chegou a ficar desacordado, sendo detido em seguida. O seu depoimento foi acompanhado pela senadora Marinor Brito (PSOL-PA).
Ao chegar às dependências da Polícia do Senado, o jovem estava algemado, o que levou a senadora a reclamar que “houve excessos”. Ela também defendeu apuração rigorosa do episódio, mas a Polícia Legislativa do Senado informou apenas que “poderá se pronunciar sobre o ocorrido mais tarde”.
Além de acusar os policiais do Senado de “truculência”, os manifestantes - parte deles estudantes universitários - afirmaram que um homem à paisana os agrediu várias vezes. Sobre essa denúncia, Marinor Brito declarou: “Não é estranho que os capangas do agronegócio circulem entre as pessoas de bem”.
O senador Eduardo Suplicy presenciou o protesto e tentou intermediar um acordo com os manifestantes.
A manifestação teve início durante a votação do projeto do novo Código Florestal nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA) do Senado. Nessa votação, que foi conjunta, o texto base foi aprovado e, depois da análise dos destaques, que está marcada para esta quarta-feira (9), será encaminhado à Comissão de Meio Ambiente (CMA).
De acordo com os manifestantes, o conflito teria começado quando um deles tentou colocar um cartaz de protesto na porta da sala onde acontecia a reunião conjunta. (Agência Senado)
Publicado em Polícia na Edição Nº 14247
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