Manifestantes bloquearam a estrada

Nessa terça-feira (15), policiais federais e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) se deslocaram até o município de Amarante, distante 115 km de Imperatriz, onde foram cumprir mandados de buscas e apreensões.
Os federais e os fiscais do IBAMA cumpriram a missão, apreendendo caminhões carregados de madeira, tratores, motosserras e demais equipamentos encontrados com madeireiros, que são acusados de retirar madeira de reservas indígenas na região de maneira clandestina.
Quando o comboio se deslocou da área indígena com os objetos da ação policial e dos fiscais do IBAMA, que estavam sendo trazidos para Imperatriz, onde ficariam à disposição da justiça federal, foi surpreendido por centenas de manifestantes, que fecharam a estrada que dá acesso à Belém-Brasília.
Acuados, os federais e os fiscais do IBAMA solicitaram ao delegado da PF, Paulo de Tarso, que mandasse para o local reforço policial em função de que a situação estava insustentável. Houve, segundo informações, até disparo.
O PROGRESSO tentou falar com o delegado Paulo de Tarso, mas não obteve êxito.
No início da noite, a reportagem manteve contato com o delegado titular da Delegacia de Amarante, Luís Meneses, que informou que na manifestação tinha muita gente, todos revoltados em função da operação da PF e Ibama na região. A revolta é porque, sem a extração da madeira, mais uma fonte de renda é retirada e muitas pessoas dependem do comércio de madeira.
O delegado Luís Meneses informou que os federais e os fiscais do IBAMA, diante da situação, tinham retornado para a aldeia dos índios da etnia Gavião, até que chegasse o reforço policial para retirar as pessoas que estavam bloqueando a estrada. Até o fechamento dessa edição, não se teve mais notícia sobre o caso.