Foram revogadas pela justiça as prisões das seis pessoas presas pela “Operação Mercenários”, desencadeada no dia 29 de outubro do ano passado.
A revogação das prisões foi por decisão do juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto, titular da Vara da Família, que está respondendo pela 1ª Vara Criminal da comarca de Imperatriz. O juiz entendeu que não eram mais necessárias as prisões preventivas dos acusados, que vão responder ao processo em liberdade.
A “Operação Mercenários” foi deflagrada para prender oito pessoas, entre elas cinco policiais militares, acusadas de crimes de pistolagem, agiotagem e formação de quadrilha, na região tocantina e até no estado do Pará.
Estavam presos e tiveram as prisões revogadas os policiais militares Carlos Henrique Azevedo Sales, o “Sales”; Hiltevan Cardoso Machado, o “Tevan”; Luís Cláudio de Araújo, o “Cláudio”; Francisco de Assis Bezerra Soares, o “Tita”, e João Bosco Moura Pedrosa, o “Pedrosa”, como também o empresário Francisco Ferreira Costa, conhecido como “Chico Papada”.
O delegado regional Assis Ramos, que comandou todas as investigações e a operação que culminou com as prisões dos acusados, disse que ordem judicial não tem outra alternativa senão cumpri-la. “Nós recebemos a decisão judicial e vamos cumprir. Mas já concluímos o inquérito e todos foram indiciados por crime de formação de quadrilha. Mas o juiz entendeu que não é necessária mais a prisão preventiva deles e nós vamos acatar com naturalidade, pois não é a primeira vez que acontece isso”, afirmou Assis Ramos.
Ainda segundo o delegado, os seis que estavam presos também são investigados em outros inquéritos que apuram participação no jogo do bicho, exploração de rinha de galo e em tráfico de armas. Eles também são investigados nos Estados do Pará e Tocantins. “Devido a essas outras investigações, podem haver novos pedidos de prisão preventiva. A parte da polícia judiciária com relação à ‘Operação Mercenários’ foi feita, agora vamos trabalhar nos outros inquéritos”, concluiu Assis Ramos.
O Ministério Público, através do promotor Joaquim Júnior, poderá recorrer da decisão da justiça. O MP vai analisar os fundamentos da concessão da liberdade e, se discordar, pode recorrer da decisão. “Nós, do MP, ficamos surpresos com essa decisão porque, há poucos dias, a juíza Ana Paula, quando respondia pelo plantão, prorrogou as prisões por entender que existiam provas e pela necessidade de manter os acusados presos”, enfatizou Joaquim Júnior.