Em audiência de custódia realizada na noite dessa terça-feira (19), a juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, titular da Central de Inquéritos e Custódia da Comarca de Imperatriz, decidiu não revogar a prisão do juiz aposentado Erivelton Cabral Silva.
O magistrado foi preso e autuado em flagrante, nessa segunda-feira, por dupla tentativa de homicídio contra o irmão e a namorada, além de porte ilegal de arma.
Na decisão, a juíza Ana Lucrécia Bezerra definiu que não existe qualquer elemento novo capaz de derrubar o decreto prisional deferido em desfavor do autuado. Segundo a magistrada, a defesa não se incumbiu de juntar qualquer documento capaz de comprovar, ao menos nesse momento, todas as alegações trazidas, que serão acostadas durante as investigações, não podendo esquecer que o inquérito policial ainda não se esgotou, mostrando-se prematura nesse momento a revogação da prisão.
A defesa do juiz aposentado Erivelton Cabral Silva representou pelo pedido que a prisão preventiva dele fosse transformada em domiciliar. A magistrada negou, dizendo que a condição do acusado de juiz aposentado fez com que ele perdesse todas as prerrogativas, mantendo-se no direito de cela especial. Foi definido que o juiz aposentado fique preso, até ulterior deliberação da Justiça, no quartel do 3º BPM.
Mandado de busca e apreensão
Por determinação da Justiça, policiais civis cumpriram mandado de busca e apreensão no apartamento do juiz aposentado Erivelton Cabral Silva, localizado em Imperatriz. O mandado foi cumprido nessa quarta-feira. O objetivo era localizar a arma usada na tentativa de homicídio de que foram vítimas o irmão e a namorada.
Foram divulgados áudios em que o juiz faz ameaças ao irmão, o mesmo que foi baleado, e faz deboche por não ter ficado preso.
Em um dos áudios, Erivelton faz ameaças ao irmão e revela ter conhecimento da rotina dele, que reside e trabalha em Balsas, onde tem uma clínica de oftalmologia.
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