Delegado Thiago Filipini e advogado Erick Carosi continuam presos

A prisão do delegado titular do 1º Distrito Policial de Açailândia, Thiago Gardoni Filipini, assim como de sua equipe – o investigador Glauber Santos da Costa, a escrivã Silvia Helena Alves e o carcereiro Mauricélio da Costa Silva, além do advogado Erick Nascimento Carosi, foi mantida pelo Poder Judiciário.

Terça-feira (5) eles participaram da audiência de custódia, que ocorreu no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, em São Luís, presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Francisco Ronaldo Maciel. “Ficou mantida a prisão do delegado e dos outros envolvidos”, afirmou o juiz.
A audiência começou ainda no período da manhã e se estendeu até o começo da noite. Um dos primeiros a ser ouvidos foi o delegado. Thiago Filipini e sua equipe vão continuar presos em uma das celas da Delegacia de Polícia Civil da Cidade Operária, enquanto o advogado Erick Carosi no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O delegado e sua equipe, assim como o advogado, foram presos no último dia 28, na cidade de Açailândia, acusados de organização criminosa e corrupção.
Ainda de acordo com as informações do delegado geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi informada, no começo deste ano, por meio de uma denúncia do Ministério Público de Açailândia, de que o grupo vinha cometendo atos criminosos.
A SSP, de imediato, determinou que o caso fosse investigado pela equipe da Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor) e acabou constatando que várias irregularidades estavam sendo cometidas pelo delegado Thiago Filipini, com a participação de sua equipe de policiais e do advogado Erick Nascimento Carosi.
Eles estariam realizando prisões na cidade e, para liberar os suspeitos, na maioria das vezes acordado com a presença do advogado Erick Nascimento, era cobrado determinado valor, dependendo da situação financeira do detido. O grupo também efetuava prisões de pessoas sem qualquer procedimento contra elas, que eram soltas mediante pagamento. A polícia solicitou ao Poder Judiciário a prisão preventiva dos acusados e os mandados foram cumpridos. Todos os envolvidos foram presos em Açailândia e removidos para São Luís.