Os advogados de Gessé Leite Filho solicitaram à Justiça a internação dele em uma clínica psiquiátrica sob o argumento de que ele sofre de distúrbios psiquiátricos, ocasionados por consumo de bebida alcoólica.
O pedido, entretanto, foi indeferido pela juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, da Vara Civil, que trabalhou no plantão judiciário nesse domingo.
A magistrada determinou que o acusado se submeta a um exame psicológico, que será feito por uma psicóloga do estado, para que a Justiça possa ter subsídios para uma decisão.
O delegado Assis Ramos informou a O PROGRESSO que o exame será feito hoje, às 14 horas, no Instituto Médico Legal (IML).
Prisão
Policiais do Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública em Imperatriz estavam em operação de investigações para saber do paradeiro de Gessé Filho desde que o mandado de prisão preventiva foi decretada.
A operação que prendeu Gessé Filho foi comandada pessoalmente pelo delegado regional, Assis Ramos, e teve também a presença do promotor de Justiça Joaquim Ribeiro de Sousa Júnior, que acompanhou a operação policial.
Gessé Filho é acusado de atropelar jovens que saíam de uma boate, na madrugada do dia 26 de janeiro. Os casos mais graves foram da estudante de Medicina Rebeca Eduardo Silva, 23 anos, e de Davison de Jesus Almeida, 22 anos, também acadêmico de Medicina. Rebeca Eduardo ainda se encontra internada no Hospital São Rafael se convalescendo das lesões sofridas. Inclusive, teve de ser submetida a uma cirurgia para retirar um coágulo da cabeça.
A prisão de Gessé Leite Filho aconteceu na noite do último sábado (2), na cidade de Araguaína, estado de Tocantins, distante 250 km de Imperatriz. Naquela cidade, Gessé Filho se encontrava em uma clínica de repouso quando o mandado de prisão em seu desfavor foi cumprido por policiais civis de Imperatriz e policiais civis e militares de Araguaína.
A chegada de Gessé Filho a Imperatriz aconteceu por volta de 23h30 de sábado, portanto no fim da noite daquele dia. Ele se encontra preso na cela 2 da Delegacia Regional e, segundo informações, não tem recebido visita de familiares, somente de advogados.
Dez dias
O delegado Assis Ramos informou a O PROGRESSO que, em função do acusado já estar preso, ele tem dez dias para concluir o inquérito e enviar à Justiça.
Gessé Filho responde por tentativa de homicídio, crime que está previsto no artigo 121, combinado com o artigo 14, do Código Penal. Ele pode ser levado ao banco dos réus.
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