O juiz Vicente de Paula Gomes de Castro, titular da Auditoria da Justiça Militar do Maranhão, determinou nessa sexta-feira (27) a soltura do policial militar Rafael Teixeira Sousa.
O policial, lotado no Esquadrão de Polícia Montada de Imperatriz (EPMONT), estava preso em uma cela do Quartel do 3º BPM desde o dia 4 de janeiro. Ele passou 23 dias preso.
Rafael Teixeira havia sido preso acusado de ter desacatado e agredido um superior, o Tenente Coronel Médico Alberto Nasser, que lhe deu voz de prisão e determinou que ele fosse colocado em uma cela.
Segundo informações, o desentendimento entre o soldado e o seu superior foi em função de um atestado médico. Rafael Teixeira estaria com problemas psicológicos e apresentou exames ao oficial médico, que não teria aceitado a condição do policial. A solicitação do habeas corpus com pedido de liminar na Justiça Militar foi feita pelos advogados Daniel Souza e Paulo Sérgio, da Associação de Cabos e Soldados de Imperatriz e Região Tocantina (ARCSPMIA).
“O tema é recorrente das lides penais, fundamentalmente porque quase sempre há um descompasso entre o princípio constitucional segundo o qual todos são inocentes até o final do julgamento e a praxe punitiva arbitrária comumente protagonizada pelo Estado/Polícia, segundo o qual todos são culpados antes mesmo do crivo do devido processo legal”, destacou o advogado Daniel Souza.
Livre, o soldado registrou ocorrência na DRF, dando conta de que, por ocasião da prisão, foi maltratado pelo médico do Terceiro Batalhão da PM de Imperatriz.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14315
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