Já se encontra em liberdade o aposentado Barnabé Gomes da Silva, 72 anos, acusado de matar a vizinha, Antonia Noleto da Silva, de 78 anos, fato ocorrido dia 28 de julho passado.
O acusado Barnabé Gomes da Silva ganhou a liberdade justamente no dia em que a morte da anciã completou sete dias. Inclusive, a missa aconteceu ontem na Igreja de São Francisco.
Para justificar a concessão de liberdade provisória do acusado, a juíza Ana Paula Silva Araújo, titular do juizado especial cível e que respondeu pelo plantão judicial do dia 30 de julho, alegou o seguinte: o indiciado não se evadiu do local, não resistiu à prisão, não alterou o local do crime, não modificou o estado das provas, não tentou corromper ou coagir testemunhas, é primário e tem residência fixa, além de recair sobre si informações de possível perturbação mental durante a prática do crime, circunstâncias essas que afastam a imprescindibilidade de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.
Além disso, o acusado foi autuado em flagrante tendo como tipificação crime de homicídio simples, previsto no artigo 121 caput (que quer dizer cabeça do artigo sem nenhum agravante).
No que se refere à participação da Polícia Civil, o inquérito ainda está em andamento e tem 30 dias para ser concluído, conforme informações do delegado regional de Imperatriz, Francisco de Assis Ramos.
O crime
A anciã Antonia Noleto da Silva, pessoa muito conhecida na cidade, foi assassinada com duas facadas e pauladas, que foram desferidas por Barnabé Gomes. O caso aconteceu na Rua Tamandaré, entre Rio Grande e Paraíba, onde vítima e acusado moravam. Eles eram vizinhos e a rixa, que teve fim trágico, teria começado por uma discussão por conta de uns gatos que a vítima criava.
Barnabé Gomes, nos últimos dias, vinha apresentando um quadro psicológico grave. Inclusive, quando foi preso e apresentado na Delegacia Regional, ele disse à polícia e à imprensa que não sabia de nada.
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