A Superintendência de Combate a Corrupção (Seccor) no Maranhão concluiu um inquérito que apura uma suposta organização criminosa na Delegacia de Grajaú, a 290 km de Imperatriz, formada por policiais civis.
A investigação, que iniciou em janeiro de 2018, terminou com a comprovação de nove casos de corrupção passiva, um de peculato, um de extorsão e um de corrupção de menor para execução de crimes.
Segundo a polícia, no caso da corrupção as pessoas eram conduzidas à delegacia pela prática de delito e liberadas mediante pagamento de propina. Também foi comprovado que um veículo foi apreendido na delegacia por estar com documento irregular e depois foi vendido para outro Estado.
Na extorsão, a polícia informou que uma funcionária contratada pela Prefeitura prestava serviço na delegacia e era obrigada a dar parte de seu salário ao grupo. Um adolescente também era usado para ameaçar e pegar o cartão da funcionária para sacar o dinheiro, caracterizando a corrupção de menor.
Ao todo, a polícia cumpriu dois mandados de prisão preventiva, a pedido do Ministério Público e sob determinação da Justiça. Dentre as prisões, consta a do escrivão Eldhon da Silva Costa no dia 22 de janeiro de 2019; e dos investigadores Carlos Sergio Nunes Silva e Sandra Helena Alencar Pinheiro no dia 3 de abril.
A Justiça também determinou o afastamento do delegado Kairo Clay Mesquita de Mesquita, notificado nesta quinta-feira (4). Ele era delegado em Grajaú na época dos crimes, mas atualmente trabalhava da Delegacia do Maiobão, em Paço do Lumiar.
Em depoimento à Polícia Civil, todos os investigados negaram os crimes.
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