Anacleuton Holanda Dias é o criador do Sudbook

Atendendo a solicitação da Delegacia de Defraudações, foram expedidos na quarta-feira (29), pelo juiz José Gonçalo de Sousa Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital, os mandados de prisão temporária dos sócios proprietários da empresa de relacionamento Sudbook - Serviços On line do Brasil Ltda. – EPP.
Os pedidos foram feitos após conclusão do inquérito policial que investigou o golpe aplicado em São Luís e em outros estados. Na decisão do Poder Judiciário constam outras medidas cautelares de caráter sigiloso, frutos de investigações policiais.
Os trabalhos da Polícia Judiciária constataram que a empresa possuía pelo menos três proprietários. O principal autor do crime foi identificado como Anacleuton Holanda Dias, 28 anos, conhecido por “Feinho”, natural de Imperatriz. Os mandados de prisão também foram expedidos para mais dois integrantes da quadrilha.
O delegado Paulo Aguiar, titular da Delegacia de Defraudações, disse que o crime chega a mais de R$ 20 milhões. “Até o momento, temos mais de 300 ocorrências registradas de pessoas que foram vítimas dessa quadrilha de estelionatários. A empresa ludibriava as vítimas a investirem, por meio da rede social, na bolsa de valores, prometendo dobrar o valor investido depois de determinado tempo, o que não ocorreu.
Segundo o delegado, levantamento inicial mostrou que os autores conseguiram arrecadar, com investidores de São Luís e outros estados, cerca de R$ 20 milhões e fugiram da cidade. Paulo Aguiar destacou que as investigações tiveram início logo que começaram a aparecer as denúncias de que eles haviam fugido depois de darem o golpe em pessoas que haviam investido no negócio. “Eles passaram uns 8 meses promovendo palestras e encontros, de modo a ludibriarem as pessoas a entrarem no falso negócio, alegando que a Sudbook Serviços On Line era uma organização mundial”.
Durante as negociações, eles convenciam os cidadãos de que a rede de relacionamento possuía milhares de usuários, estando a maioria situada na China, afirmando, ainda, que a empresa internacional Dell era proprietária de 3% das ações da empresa. Segundo as vítimas, o lucro mensal prometido era de 40% a 80%, de acordo com o valor e o tempo de investimento.
Em Imperatriz, as investigações estão sendo feitas pelos policiais da equipe da delegacia do 1º Distrito, tendo à frente os delegados José Fabiano Gomes Bispo e Carlos César Andrade.
Três veículos de investidores, no valor de R$ 500 mil, foram apreendidos em Imperatriz e restituídos aos legítimos donos.