Doalcei Silva Menezes foi levado para o salão do juri do Fórum Henrique de La Rocque

O julgamento do caminhoneiro Doalcei Silva Menezes, também conhecido por ‘Camargo’, que deveria ter sido realizado nesta quarta-feira (28), foi adiado pelo Tribunal do Júri Popular da comarca de Imperatriz. O julgamento foi remarcado pela juíza Janaína Araújo de Carvalho, que preside o Tribunal do Juri, para o dia 9 de junho.

Doalcei Silva Menezes é acusado de ter ateado fogo na companheira Elielda Miranda de Almeida, fato ocorrido no dia 17 de março de 2013, o que ocasionou a morte dela, doze dias depois.
De acordo com os autos do processo, o homem é acusado de atear fogo em Elielda Miranda de Almeida, no dia 17 de março de 2013. 
O motivo do julgamento ter sido adiado foi porque duas testemunhas, uma de defesa e outra de acusação, não terem sido  intimadas.
A defesa do acusado, também, teria solicitado uma documentação do hospital em que a vítima esteve internada, e só chegou às mãos do advogado dois dias antes da data prevista para o julgamento. O advogado afirmou não ter dado tempo para avaliar o conteúdo dos documentos apresentados.
Segundo relatos das testemunhas, o casal convivia há pelo menos um ano e mantinha uma relação conturbada, com agressões frequentes entre os dois. Elielda era mãe de dois filhos de outras uniões.
O Ministério Público ofereceu denúncia e pediu a pronúncia do acusado por homicídio triplamente qualificado, considerando o motivo fútil, o emprego de meio cruel e com dificuldade de defesa à vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do crime Elielda e Doalcei passaram a tarde na casa de uma amigo do casal, onde fizeram uso de bebida alcoólica e tiveram duas discussões. A discussão teria se estendido até o imóvel do casal, onde “repentinamente o acusado pegou um garrafa de álcool e jogou o produto inflamável em sua companheira, ascendendo em seguida um isqueiro, iniciando-se um incêndio no corpo da vítima”, diz a denúncia. Elielda teve 49,5% do corpo queimado.
A pena para o crime de homicídio é de reclusão de 6 a 20 anos. Considerando o fato do homicídio que vitimou Elielda ter sido tipificado em triplamente qualificado, a pena é de reclusão, variando de 12 a 30 anos.